65ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
EQUILÍBRIO QUÍMICO ATRAVÉS DO LÚDICO: BRINCANDO E APRENDENDO A QUÍMICA DA VIDA
Nathaliany do Socorro Silva Ribeiro - Licenciatura em Ciências Naturais- Química / Universidade do Estado do Pará
Silviane Cordeiro Corrêa - Licenciatura em Ciências Naturais- Química / Universidade do Estado do Pará
Luely Oliveira da Silva - Profa. Msc/Orientadora - Depto.de Ciências Naturais – UEPA
INTRODUÇÃO:
Equilíbrio químico é um dos conteúdos mais abordados do ensino médio, porém com uma visão crítica dos alunos por isso buscam-se alternativas que facilitem o aprendizado, pois se trata de um tema de natureza abstrata que demanda o domínio de um grande número de conceitos subordinados (QUÍLEZ- PARDO E SOLAZ-PORTOLES, 1995), por exemplo, como as reações a uma ausência na didática que os professores de química utilizam para aulas referentes ao assunto. Neste sentido, na tentativa de amenizar a dificuldade dos alunos é essencial o uso de técnicas e metodologias para contribuir no processo de ensino e aprendizagem.
Os jogos mostram-se uma excelente alternativa. Geram motivação nos alunos, promovem situações de ensino-aprendizagem, aumentam a construção do conhecimento e introduzem atividades lúdicas e prazerosas, A ideia de usar jogos específicos como método de ensino tem obtido resultados positivos, além de desenvolver o sistema cognitivo. Desta forma, a presente pesquisa buscou em uma proposta de ensino, motivar o aluno para uma abordagem do assunto equilíbrio químico para mostrar de forma lúdica os fenômenos químicos ao estudo do equilíbrio dinâmico das reações.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O objetivo proposto foi motivar o aluno para uma compreensão mais significativa e mais abrangente do assunto equilíbrio químico, de maneira que acontecesse assimilação desse conhecimento através da ludicidade e sua associação com os conceitos químicos. Além de uma averiguação da não aceitação das metodologias tradicionais trabalhadas pelos professores nas escolas atualmente.
MÉTODOS:
Foi feita uma sondagem aos alunos a partir de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Foi levado um experimento (sopro químico) para os alunos visualizarem o equilíbrio de forma lúdica, que consistia em uma solução de óxido de cálcio misturado a água destilada, formando o hidróxido de cálcio. Adicionando o indicador fenolftaleína, a coloração obteve cor rosa. Adicionando gás carbônico com o auxilio de um canudinho assoprou-se para o aumento acontecer através das reações de equilíbrio. Foi exposta no quadro a equação da solução. Nela os alunos iriam montar “moléculas” formadas pela união de clipes grandes, pequenos e coloridos, cada um representava átomos diferentes. As cores e tamanhos foram pré-estabelecidos pelos orientadores do jogo. Foi aplicado outro jogo dinâmico, uma analogia de Huddle, White e Rogers (2000), que emprega cartas. São necessárias 49 cartas, com um lado rosa e outro branco. Cada equipe escolheu que kd=1/4 das cartas rosas seriam transformadas em brancas e que ki=1/3 das cartas brancas, em rosas. Não sendo número de cartas divisível em 3 ou 4, supõe-se o inteiro mais próximo ao quociente entre o número de cartas brancas em equilíbrio e o número de rosas é: Os mesmos resultados são obtidos se o jogo for iniciado com 49 cartas brancas (produtos).
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A sondagem inicial a cerca dos conhecimentos dos alunos foi desfavorável. Existem diversos motivos que pode justificar as dificuldades em relação à disciplina química sendo a mesma trabalhada de uma maneira não eficaz, onde fatores, como o não uso da contextualização, ludicidade e experimentação contribuem para que o aluno não entenda o assunto (TORRICELI, 2007). A utilização dos jogos educativos e experimentação foram satisfatórias, pois a utilização dessas estratégias promovem situações de ensino-aprendizagem e aumentam a construção do conhecimento (MOYLES 2002). Com o jogo equilíbrio com cartas, os alunos, através dessa forma lúdica, conseguiram identificar processos, como o tempo que as reações levam para acontecer e por que elas ocorrem, assimilando assim de forma significativa esses acontecimentos. Outro jogo, denominado moléculas de clipes, possibilitou ilustrar as reações químicas envolvidas no equilíbrio. Quando o aluno só escreve uma reação ele muitas vezes não consegue entender como essa reação acontece. Logo se percebe a importância de conhecer as dificuldades de aprendizagem e os erros conceituais relacionados bem como suas possíveis origens (QUÍLEZ-PARDO E COLS, 1993) e por fim encontrar estratégias metodológicas que busquem superar essas dificuldades.
CONCLUSÕES:
Foram investigados alguns pontos relevantes do tema como: a não aceitação da disciplina pelos alunos; suas dificuldades de aprendizagem e influência da metodologia usada pelos professores de química. Portanto, a abordagem metodológica para o assunto equilíbrio químico através do lúdico, executado na escola proposta veio apresentar um dos conteúdos mais exigentes e difíceis do ensino médio. A aplicação da ludicidade em sala de aula se mostra como uma boa ferramenta de ensino para aprendizagem real, que perdure além das provas de avaliação dos alunos. O jogo tem mostrado ser muito atrativo e útil para o ensino da Química, cujo conteúdo abordado é normalmente pouco atrativo, como foi o caso dos alunos envolvidos. Além de uma brincadeira, ele pode ser um momento para contextualizar os assuntos da aula com o cotidiano dos alunos, havendo assim, uma interação entre aluno-aluno e professor-aluno. Por fim, o trabalho foi relevante para ter um melhor entendimento de que as metodologias de ensino necessitam ser reformuladas, levadas a uma avaliação por parte de quem compete esse assunto. Um olhar reflexivo sobre essa realidade é primordial para que o assunto seja realmente analisado, buscando assim soluções para essa problemática que pode ser mais bem entendida.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem, Equilíbrio Químico, Ludicidade.