65ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Gestão e Administração - 7. Gestão Pública
ANÁLISE DOS FATORES ORGANIZACIONAIS CONTRIBUTIVOS PARA A SATISFAÇÃO DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – FACEM DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN
Thaisa Sayonara de Medeiros Ferreira - Depto. de Administração – UERN
Yáscara Pryscilla Dantas Costa - Depto. de Administração – UERN
José Orlando Costa Nunes - Prof. Me./Orientador – Depto. de Administração – UERN
Antônio Pereira Júnior - Prof. Me./Orientador – Depto. de Administração – UERN
INTRODUÇÃO:
As pessoas constituem o mais valioso patrimônio das organizações. São elas fornecedoras de conhecimentos, habilidades, competências; são o que lhes dá vida e dinamismo. (CHIAVENATO, 2004). Pensando nisso, as organizações devem adotar uma filosofia que considera o bem-estar dos seus colaboradores, procurando mantê-los saudáveis, motivados, produtivos e satisfeitos com o trabalho. Diante desse fato, este trabalho pretende através da realização de uma pesquisa responder a seguinte questão: Quais fatores organizacionais estão contribuindo para a satisfação e insatisfação dos técnicos administrativos da FACEM? Com isso objetiva-se conhecer e assim ressaltar a necessidade de se transformar ou manter condições de trabalho que influenciam diretamente na satisfação e qualidade de vida destes funcionários. Para Chiavenato (2004, p. 448), “a organização que quiser atender bem o cliente externo, não poderá esquecer de atender bem o cliente interno”. Pois é na medida em que obtém retornos e resultados satisfatórios de seus investimentos que os colaboradores se disponibilizam a continuar investindo. Sendo assim, zelar pelo bem-estar e segurança destes é de suma importância para assegurar uma maior produtividade, satisfação e consequentemente uma maior qualidade de vida.
OBJETIVO DO TRABALHO:
O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a satisfação dos técnicos administrativos que exercem as suas funções na FACEM – UERN com relação às condições e aos seus ambientes de trabalho, buscando-se, mais especificamente, identificar quais são as práticas organizacionais que mais necessitam de transformação.
MÉTODOS:
A pesquisa apresenta-se quanto ao seu objetivo “explicativa-exploratória”, já que ela visa oferecer informações e descrever hipóteses a respeito do seu objeto. Quanto ao resultado ela é básica, pois a mesma não possui ênfase em sua aplicação imediata; e quanto ao método ela é quantitativa, já que é focada na mensuração dos fenômenos e em sua aplicação estatística. Como instrumento para a coleta de dados foi utilizado um questionário estruturado, contendo quatorze questões fechadas e uma aberta que englobaram temas como a satisfação com o trabalho realizado, com o ambiente físico, com os benefícios e políticas da organização e com o relacionamento interpessoal. A população da pesquisa resumiu-se aos quinze técnicos administrativos que exercem as suas funções na FACEM; dentre eles, treze fizeram parte da amostra.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O perfil social dos respondentes caracteriza-se por um público jovem de idade média, onde 54% possui idade entre 21 e 28 anos, o que condiz com o estado civil destes, pois 61% são solteiros. A grande parte, 69% dos respondentes, trabalha na UERN entre 1 e 5 anos e o motivo mais importante, segundo 84%, para a escolha da UERN como local de trabalho foi a estabilidade. A análise dos questionários respondidos permitiu constatar que 23% estão satisfeitos e 54% estão insatisfeitos com a qualificação técnico-administrativa recebida. Quando considerado o ambiente de trabalho para o desenvolvimento de suas atividades, 38% disseram está satisfeitos. Com relação a política salarial, apenas 8% mostraram-se satisfeitos e o índice de insatisfação foi de 46%. Outro índice considerável foi apresentado pelo item “progressão funcional”, onde 54% demonstraram insatisfação e também pelo item “políticas de melhoria e qualidade de vida” que resultou num índice de insatisfação de 38%. Verificou-se, ainda, que não há insatisfação quanto ao relacionamento interpessoal e também quanto à disponibilidade de equipamentos e materiais para a realização dos trabalhos. Pôde-se constatar também que 77% dos funcionários não possuem insatisfação com relação ao número de funcionários de seu setor.
CONCLUSÕES:
A partir da análise da presente pesquisa observou-se que são vários os pontos que resultaram em insatisfação. Os que mais se destacaram, neste sentido, foram os itens qualificação técnico-administrativa e progressão funcional. Em contrapartida, itens essenciais para o bem-estar no ambiente de trabalho, como o relacionamento interpessoal, obtiveram bons índices de satisfação. Devido aos pontos tidos como insatisfatórios e somando-se o fato da maioria dos técnicos ser jovem, observou-se que eles almejam outros concursos. Por possibilitar uma reunião de informações acerca das necessidades de transformação das condições e do ambiente de trabalho em que estes estão inseridos, esse estudo pretende, também, contribuir para a melhoria desses fatores organizacionais. Sugere-se que a organização analise o resultado de cada ponto pesquisado, providencie mudanças e tenha como prática comum a realização de pesquisas como esta para que se consiga monitorar e acompanhar o nível de satisfação dos seus colaboradores e assim desenvolver constantemente trabalhos que possam aumentar esta satisfação e consequentemente a qualidade de vida, a produtividade e a sustentabilidade da organização.
Palavras-chave: Satisfação, Gestão de Pessoas, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT).