65ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
O DIÁRIO DE ANNE FRANK: MEMÓRIAS DE UMA ADOLESCENTE JUDIA QUE VIVEU O HOLOCAUSTO
Maria das Graças Silva - Profa. Esp./ Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Itaciria Tamires Viana Morais - Educanda / Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Alice Mayara Oliveira da Silva - Educanda / Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Aline Jordana da Costa Alves - Educanda / Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Ariane Batista dos Santos - Educanda / Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
Maria Gabriela Teixeira de Andrade - Educanda / Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves
INTRODUÇÃO:
O Diário de Anne Frank é hoje um dos livros mais lido no mundo, tendo sido traduzido em mais de 60 idiomas. O Diário é baseado em relatos reais, datados de 12 de junho de 1942 a 01 de agosto de 1944(VILELA, 2010); o último relato em seu diário data 1º de Agosto de 1944, três dias antes de a Gestapo (polícia nazista) invadir o esconderijo em Amsterdam e mandar todos para os campos de concentração. O pai de Anne Frank, Otto Frank, foi o único sobrevivente e responsável em transformar o diário em livro. O presente trabalho tem o intuito de refletir a partir desse relato, as questões históricas da época, aproximando-se das questões de intolerância vivenciadas na atual sociedade. A narrativa de Anne Frank, de cunho trágico, ajuda a entender melhor a importância de valores como a tolerância, a compreensão e a convivência com a diferença e com quem a sociedade considera como o “outro”.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Analisar a questão do holocausto a partir da obra O Diário de Anne Frank; como também refletir a partir desse relato, as questões históricas da época, aproximando-se das questões de intolerância vivenciadas no atual contexto social.
MÉTODOS:
A pesquisa foi realizada com 35 alunos da 1ª série do ensino médio do Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves, escola pública da rede estadual de ensino do município de Caxias-Maranhão. Utilizou-se de monitoria com 5 alunas; material bibliográfico para compreender o contexto histórico da época; leitura individual e em grupo sobre o livro O Diário de Anne Frank; análise fílmica da obra em questão, entrevistas semi-estruturadas com membros da comunidade escolar, sobre a leitura do livro, o que foi o holocausto e a questão das minorias na atualidade, relatórios e seminários
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O trabalho em questão possibilitou a comunidade e aos próprios educandos uma visão realista da perseguição nazista aos judeus. O estudo possibilitou desenvolver nesses alunos, habilidades para compreender a noção de tempo histórico cronológico, identificando as relações temporais entre os acontecimentos descritos no diário e o que acontecia com os demais fatos referentes ao que foi o Holocausto. Quanto às entrevistas chegou à conclusão que a obra em questão ainda é inacessível aos educandos do ensino médio e que a questão da intolerância aos judeus ainda persistem, embora de forma sutil; como também de forma mais expressiva as outras “minorias” como os homossexuais e as mulheres. Percebeu-se ainda, que há divergência entre a obra e o filme, este apresenta cenas que fogem da realidade da obra escrita, no entanto, torna-se um excelente meio de conseguir o interesse dos alunos, mesmo não sendo o objetivo central desse trabalho.
CONCLUSÕES:
Percebeu-se que enquanto Anne Frank escrevia seu diário encerrada no anexo secreto com sua família, outras pessoas viviam suas vidas lutando contra o terror nazista, como: Luís Carlos Prestes,Olga Benário e Patrícia Galvão. Essa obra serviu também , como um viés para o estudo da História da Europa do período entre os finais das duas guerras mundiais (1918-1945). E para encarar a questão xenofóbica, e o resgate ao drama do holocausto O Diário de Anne Frank, além de fascinante, é desafiador para refletir nesse processo que ainda permeia de forma camuflada e às vezes de forma clara e expressiva a intolerância as diversas “minorias” na atual sociedade.
Palavras-chave: Intolerância, Holocausto, Minorias.