66ª Reunião Anual da SBPC
Resumo aceito para apresentação na 66ª Reunião Anual da SBPC pela(o):
SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 1. Recursos Florestais e Engenharia Florestal
DETERMINAÇÃO DA SUFICIÊNCIA AMOSTRAL PARA COLETA DE SERAPILHEIRA EM FLORESTA ESTACIONAL SUBTROPICAL PARA DIFERENTES NÍVEIS DE PRECISÃO
Taciara Zborowski Horst - Universidade Federal do Pampa
Diego Vinchiguerra dos Santos - Universidade Federal do Pampa
Leandro Homrich Lorentz - Universidade Federal do Pampa
Alexandra Augusti Boligon - Universidade Federal do Pampa
Hamilton Luiz Munari Vogel - Universidade Federal do Pampa
INTRODUÇÃO:
A serapilheira, camada sobre o solo composta por material vegetal oriundo do dossel de plantas, ajuda a conservar a integridade dos sistemas florestais, pois atenua os processos erosivos, protege o solo contra a lixiviação causada pela chuva, ajuda a reter água e também fornece substâncias que agregam e contribuem para fertilidade do solo. A determinação da forma, do tamanho e o número de unidades amostrais são fundamentais para que se consiga atingir estimativas confiáveis da população estudada, assim, os experimentos necessitam de um planejamento eficiente para que as informações obtidas sejam confiáveis e o erro experimental seja minimizado. Tais parâmetros quando devidamente determinados, reduzem a variabilidade experimental e maximizam as informações a um menor custo operacional.
OBJETIVO DO TRABALHO:
Considerando assim a importância da serapilheira dentro do ecossistema florestal e a necessidade de um plano amostral eficaz, o objetivo deste trabalho foi estimar número mínimo de amostras para coleta de serapilheira total e de suas frações para diferentes níveis de precisão requerida.
MÉTODOS:
A pesquisa desenvolveu-se em uma Floresta Estacional Subtropical situada da cidade de São Sepé-RS, durante os meses de maio e junho de 2013. Para o estudo, foram demarcadas cinco parcelas permanentes de área fixa de dimensão 15 x 20m, distribuídas aleatoriamente na florestal. Dentro de cada parcela foram retiradas mensalmente quinze amostras de serapilheira depositada de dimensão 0,25 x 0,25m, as quais foram devidamente identificadas, separadas em três frações (galhos, folhas e resíduos), secas em estufa (60º C por 48 horas), e pesadas em balança digital de precisão (0,01 g), com os resultados convertidos para Mg.ha-1. Com base na fórmula clássica para determinação de amostra, a qual se considera o coeficiente de variação e limite de erro tolerado, nesse caso 5, 10, 15 e 20% foi determinado a suficiência amostral.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
A partir da metodologia aplicada observou-se que existe diferença entre as datas amostradas mesmo com apenas 30 dias de diferença entre as coletas, sendo a primeira com valores, na sua maioria superiores. Quanto aos resultados, para a fração Folhas o maior número para suficiência amostral foi de 93 e 25 na segunda, para os limites de erro de 10 e 20%, um número relativamente menor que para as demais frações. O maior número encontrado foi de 113 e 30 amostras na primeira data para fração Galhos para LE10% e 20% respectivamente. E na fração resíduo observou-se que são necessárias entre 93 e 25 amostras para a data, um ainda com o mesmo erro admitido anteriormente citado.
CONCLUSÕES:
Cabe salientar que atualmente são utilizadas entre 10 e 25 amostras para representação da serapilheira. Com base nos dados acima descritos podemos afirmar que esse número é insuficiente para estimativas, com taxa de erro inferior a 20% do valor médio. Recomenda-se então que o número de amostras para coleta seja ampliado e que a data da coleta seja levada em consideração a fim de que se tenha uma amostragem mais representativa.
Palavras-chave: Amostragem, Ciclagem de nutrientes, Ecologia.