Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
Germinação de sementes de amendoim sob condições de estresse salino
Giovanni Ribeiro de Souza 1 e 2
1. Embrapa Roraima - Laboratório de Fitopatologia
2. Acadêmico de Agronomia da Universidade Federal de Roraima
INTRODUÇÃO:
Sabe-se que solos com problemas de salinidade oferecem condições desfavoráveis para a germinação de sementes e crescimento das plantas, limitando a produção agrícola, pois com o aumento da salinidade ocorre a diminuição do potencial osmótico do solo, tornado a água cada vez menos disponível. O efeito de sais solúveis no solo, principalmente o sódio, também exerce ação tóxica sobre os tecidos da semente. Com o objetivo de verificar a influência da salinidade sobre a germinação de sementes de amendoim (Arachis hypogaea L.) foi instalado experimento em delineamento inteiramente casualizado.
METODOLOGIA:
Os tratamentos foram constituídos de 5 potenciais osmóticos: 0,0 (controle), -0,2, -0,4, -0,6 e -0,8MPa, obtidos a partir de soluções aquosas de NaCl de 0,0, 2,5, 5,0, 7,5 e 10,0g.l-1, respectivamente. Foram utilizadas 4 repetições, sendo cada repetição constituída por 25 sementes. As sementes foram semeadas em caixas de acrílico tipo gerbox contendo 280ml de areia previamente seca e peneirada. Cada gerbox foi umedecido uma única vez com 100ml da solução de cada tratamento, sendo mantidos a 25°C em regime de fotoperíodo de 12 horas. Foram feitas 5 avaliações a cada 3 dias contando-se o número de sementes germinadas. Ao fim das avaliações, calculou-se o percentual de germinação e o Índice de Velocidade de Germinação (IVG) para cada tratamento. Os dados foram submetidos à análise estatística comparando-se as médias pelo teste Fisher-LSD ao nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Os resultados demonstraram que a diminuição do potencial osmótico do substrato provocou significativa redução no desempenho da capacidade de germinação das sementes de amendoim, assim como no IVG das mesmas, sendo os potenciais de -0,6 e -0,8MPa os mais severos, causando redução de 85% e 100%, respectivamente, da capacidade de germinação, sendo estatisticamente iguais entre si e diferindo do tratamento controle. Os tratamentos com os potenciais osmóticos de -0,2 e -0,4MPa foram estatisticamente iguais e proporcionaram redução média de 44% da germinação quando comparados com o tratamento controle. O IVG das sementes submetidas aos potenciais osmóticos de -0,2 e -0,4MPa foram de 2,7 e 2,5, respectivamente, sendo estatisticamente iguais entre si, diferindo do tratamento controle, que apresentou IVG de 6,4.
CONCLUSÃO:
De acordo com os resultados, a diminuição progressiva do potencial osmótico do substrato é prejudicial à germinação de sementes de amendoim, reduzindo sua viabilidade e vigor, sendo os efeitos acentuados a partir do potencial osmótico de -0,2MPa.
Instituição de Fomento: Embrapa
Palavras-chave: Arachis hypogaea, salinidade, potencial osmótico.