Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
Tolerância à acidez e alumínio tóxico de isolados de rizóbio da coleção do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA
Rebeca Patricia Omena Garcia 1,2
Luiz Antonio de Oliveira 1
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
2. Universidade Federal do Amazonas – UFAM
INTRODUÇÃO:
As bactérias formam um grupo com maior diversidade fisiológica, o que propicia maior adaptabilidade aos diversos habitats. Por isso, é possível selecionar, dentro de certos limites, organismos tolerantes a diversos fatores estressantes. A toxicidade de alumínio é um importante fator limitante ao crescimento de plantas em solos ácidos, além de afetar também vários microrganismos fixadores de nitrogênio em simbiose (rizóbio). A quantificação da tolerância à acidez e alumínio em laboratório pode ser o primeiro passo na seleção de isolados de rizóbio para esta região. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar em laboratório o efeito de condições estressantes no crescimento de estirpes isolados de rizóbio da coleção do Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia, INPA, em meio de cultura (teste de tolerância à acidez e Al tóxico).
METODOLOGIA:
O presente método avaliou 25 isolados de rizóbio da coleção de Bradyrhizobium-Rhizobium da Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas (CPCA) do INPA. Os tratamentos utilizados foram meios YMA (Yeast Mannitol Agar) com pH 4,5 + 2,0 cmolc (+) Al/L e, pH 6,5, com quatro repetições cada. Foi acrescentado o corante bromocresol verde no meio com pH 4,5 + Al, e azul de bromotimol no meio com pH 6,5, com o objetivo de verificar a alteração do pH pelas bactérias, em função da alteração da cor do meio. De acordo com o crescimento celular nas respectivas zonas, foram dados valores de crescimento para cada estirpe variando de 1 (sem crescimento visível após riscagem) a 4 (máximo crescimento), havendo valores intermediários entre esses extremos, durante um período de 17 dias de avaliação.
RESULTADOS:
Entre os 25 isolados estudados, 24 apresentaram tolerância com crescimento acima de 3,06 e um apresentou crescimento mediano aos 17 dias de tratamento com pH 6,5. No meio com pH 4,5 + Al, 23 isolados se apresentaram como tolerantes a acidez a ao alumínio tóxico, um se apresentou como medianamente tolerante e um como sensível durante os 17 dias de avaliação.
CONCLUSÃO:
Quase todos os isolados de rizóbio tiveram bom crescimento em meio com pH 6 e no meio com pH 4,5+Al, 24 isolados cresceram bem, sugerindo que estes últimos podem ser testados para a utilização em solos ácidos com presença de alumínio, solos característicos da região Amazônica. Uma grande diversidade de tolerância à acidez e Al foi verificada na população de rizóbio em estudo, sendo que o aumento nos níveis de tolerância pode ser observado com o tempo de crescimento.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Palavras-chave: BACTÉRIAS, ECOLOGIA MICROBIANA, CRESCIMENTO DE ESTIRPES.