Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 1. Biologia e Fisiologia dos Microorganismo
CONTRIBUIÇÃO DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS NO CRESCIMENTO DO ARROZ COMERCIAL (Oryza sativa L.) IN VITRO
Francilene Muniz Alves 1
Alexandre Cardoso Baraúna 2
Liamara Perin 3
Gilmara Maria Duarte Pereira 4
Paulo Ivan Fernandes Júnior 5
Jerri Édson Zilli 6
1. Acadêmica do curso de Graduação em Ciências Biológicas da Faculdade Cathedral
2. Acadêmico do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFRR
3. Licenciada em Ciências Agrícolas. Doutora em Ciência do Solo
4. Engenheira Agrônoma, Doutora em Microbiologia Agrícola. Pós-Doutoranda UFRR
5. Biólogo, Doutor em Ciência do Solo. Pós-Doutorando UFRR/Embrapa
6. Licenciado em Ciência Agrícolas, Doutor em Ciência do Solo, Pesquisador Embrapa
INTRODUÇÃO:
A fixação biológica de nitrogênio é um processo mediado por bactérias diazotróficas que convertem o N2 atmosférico em NH3 que pode ser utilizado pelas plantas. Diversas bactérias diazotróficas são capazes de se associar a plantas e esta associação é explorada na agricultura através da produção de inoculantes. A prospecção por bactérias diazotróficas eficientes é importante para a obtenção de isolados com capacidade de fixar elevadas quantidades de nitrogênio. As plantas silvestres podem representar uma fonte de microrganismos com elevado potencial biotecnológico. Poucos trabalhos têm sido conduzidos com o intuito de avaliar a eficiência de bactérias obtidas de gramíneas silvestres em espécies comerciais. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição de bactérias promotoras de crescimento no desenvolvimento do arroz comercial (Oryza sativa L.) in vitro e avaliar a localização destas bactérias nas respectivas plantas colonizadas.
METODOLOGIA:
A finalidade foi avaliar a capacidade de 8 bactérias isoladas e duas estirpes padrões em promover o crescimento em plantas de arroz comercial in vitro. Sementes de arroz comercial (cv. BRS Roraima) foram desinfestadas com etanol 70% a 30s e NaClO 5% por 10 minutos, em seguida germinadas em placa contendo meio ágar-água a 28ºC por 4 dias, posteriormente transferidas para tubos de ensaio contendo solução de Hoagland (30 ml) agarizada e autoclavada. As bactérias foram crescidas em erlenmeyers com 50 mL de meio Dyg´s líquido sob agitação a 28ºC por 48h, em seguida inoculados 1mL do caldo de cultivo nas plântulas de arroz. Os tubos contendo as plantas foram mantidos em sala de incubação com fotoperíodo de 12h de luz a 26-28°C. Após 30 dias, as plantas foram retiradas dos tubos e lavadas. Foram cortadas no colo, separadas, pesadas e colocadas em sacos de papel para secar em estufa a 65°C até atingirem peso constante. O experimento teve delineamento inteiramente casualizado com 4 repetições.
RESULTADOS:
A avaliação da massa fresca das plantas demonstrou que dos oito tratamentos inoculados com bactérias isoladas de O. glumaepatula cinco tratamentos apresentaram massa fresca total igual aos valores observados nos tratamentos inoculados com as estirpes padrões. Dois tratamentos inoculados com as bactérias em teste ainda apresentaram massa fresca de raiz iguais às observadas nos tratamentos inoculados com as estirpes de referência, demonstrando o potencial destes isolados para a promoção de crescimento em arroz.
CONCLUSÃO:
As bactérias isoladas de arroz silvestre apresentam potencial para a promoção de crescimento do arroz comercial (Oryza sativa L.) sendo que das 8 bactérias inoculadas no arroz 5 são endofíticas e 3 rizosféricas.
Instituição de Fomento: Embrapa e CNPq (MCT/CNPq/CT-Amazônia e MCT/CNPq/CT-Energ - Processo: 554022/2006-0)
Palavras-chave: FBN, Promoção de crescimento, Amazônia.