Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
QUANTIFICAÇÃO DOS COLIFORMES NAS ÁGUAS DE RIOS DA AMAZÔNIA
Soraya Rondon Pirangy 1
Ednelson Ferreira Baraúna 1
Maria do Socorro Rocha da Silva 1
Hillândia Brandão da Cunha 1
Núbia Gomes Abrantes 2
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
2. Universidade Federal de Roraima
INTRODUÇÃO:
Desde as civilizações mais remotas existe a preocupação em relação à qualidade da água e a disseminação de doenças. No Brasil, os efeitos da urbanização sobre os recursos hídricos são sentidos, em graus diferentes, em cada região e orientam a gestão em cada uma delas. Os problemas de quantidade e qualidade dos recursos hídricos não são fatos isolados, estão inseridos nas questões globais do meio ambiente. A conscientização desses problemas vem juntamente com a preocupação com a qualidade de vida das populações, e se insere nas políticas de gestão da água, que devem ser articuladas ou integradas às políticas que cuidam do meio ambiente como um todo. Para avaliar a qualidade das águas um rio, é preciso também obter informações de variáveis biológicas (como os coliformes fecais e totais) que estejam integradas ao funcionamento do ecossistema. Assim como conhecer a técnica mais apropriada para análises. Neste trabalho pretende-se avaliar a qualidade das águas de rio da Amazônia no que diz respeito a contaminação por coliformes comparando a legislação vigente.
METODOLOGIA:
Foram feitas seis coleta s no período de maio/2009 a setembro/2010, sendo cinco pontos no ao longo rio Amazonas, e os demais nos rios Xingu, Tapajós, Arapiuns, Branco, Itacutu, Uraricoera, Cauamé, Madeira e Preto da Eva. Para as análises de coliformes foram usadas as técnicas de Membrana Filtrante, em 2009, e Tubos Múltiplos, em 2010, e em algumas amostragens, foram utilizadas as duas técnicas, para comparação. Após as coletas, as amostras foram preservadas e analisadas antes de 24 horas. Na técnica da membrana filtrante utilizaram-se filtros de membrana de acetato de celulose com porosidade de 0,45µ, estéril de 47 mm.
RESULTADOS:
Na comparação entre as duas técnicas, verificou-se, pela análise de variância com nível de 5%, que não houve diferença significativa. Os valores de coliformes totais e termotolerantes mostraram mudança na sazonalidade. Em setembro/2009 (estiagem) houve variação de zero a 400 NMP/100ml e no período de alta precipitação (maio/2010), os valores máximos de 43000 (rio Uraricoera/RR). Os maiores índices foram observados na bacia do rio Branco, seguido do Rio Preto da Eva. Convém lembrar, que o rio Preto da Eva é muito utilizado como balneário e, segundo a legislação (CONAM 274/2000), não deve ultrapassar a 1000 NMP/100ml).
CONCLUSÃO:
Houve uma forte Influência da sazonalidade na bacia do rio branco, mostrando que com a elevação do nível das águas, estas em contato com fontes de poluição que conferem as águas elevados índices de contaminação. Além da lixiviação e entradas de esgotos nos corpos de água. Estas informações preliminares mostram a necessidade de ações corretiva para evitar que contaminações dos recursos hídrico de Boa Vista/RR e Rio Preto da Eva continuem ocorrendo.
Instituição de Fomento: Edital MCT/CNPq/CT - Amazônia No 055/200
Palavras-chave: afluentes da bacia amazônica, coliformes fecais , coliformes totais.