Reunião Regional da SBPC em Boa Vista

A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física

POTENCIALIDADES GEOTURÍSTICAS DA PAISAGEM DA SERRA DO TEPEQUÉM: CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NO MUNICÍPIO DE AMAJARI - RR¹

Luciana Diniz Silva 1 Luíza Câmara Beserra Neta 2 Stélio Soares Tavares Júnior 3

1. Graduada em Geografia 2. Profa.Dra.- Departamento de Geografia - UFRR 3. Prof. Dr. Departamento de Geologia - UFRR

INTRODUÇÃO:

A Serra do Tepequém localizada no Município de Amajari, norte do Estado de Roraima atraiu um enorme contingente de pessoas no final da década de 30 devido às atividades garimpeira diamantífera. Hoje, atrai visitantes em busca de atividades de lazer e turismo, devido as suas características fisiográficas, a exemplo, das feições geológicas-geomorfológicas, que formam belas cachoeiras, além do microclima, configurando paisagens de belezas cênicas. Devido à crescente atividade turística no local, é imprescindível o conhecimento técnico científico sobre a região, para melhor explorar o potencial geoturístico que a paisagem oferece. Com o intuito de contribuir para o crescimento e sucesso dessa atividade, este estudo tem como objetivo o levantamento das potencialidades geoturísticas da serra do Tepequém a partir da inclusão do meio físico (geológico-geomorfológico), como um produto de desenvolvimento sustentável do turismo com base local.

METODOLOGIA:

Assim, foram adotados procedimentos de levantamento bibliográfico, cartográfico e de sensoriamento remoto, bem como, três etapas de trabalho de campo com intuito de descrever os pontos geoturísticos, com ênfase nas características geológicas-geomorfológicas. Nestes pontos foram adquiridas imagens fotográficas, bem como, a localização em coordenadas UTM, para compor a carta imagem e os mapas temáticos (pontos geoturísticas, infraestrutura turística e serviços de estadia) que foram elaborados em ambiente de SIG (Sistema de Informação Geográfica).

RESULTADOS:

A serra do Tepequém reúne feições geológicas e geomorfológicas que favorecem a formação de um quadro paisagístico distinto com potencial turístico e de caráter cientifico. Ao longo das trilhas que cruzam a Serra observou-se um panorama diversificado onde a contemplação e o entendimento no contexto geológico e geomorfológico se configuram dentro do cenário geoturístico (novo segmento do turismo), atribuídos a escarpas, morros, igarapés, grutas, feições erosivas lineares e cachoeiras. As cachoeiras estudadas (Barata, Funil, Cabo Sobral, Paiva e Preto), em geral são elaboradas em arenitos, siltitos e arenitos conglomeráticos, com morfologia de degraus condicionadas a estrutura geológica (acamamento), que seguem a direção a E-W. É comum a ocorrência de marmitas no piso dos degraus das cachoeiras, com dimensões que variam de 10 a 70 cm de diâmetro e profundidade de 20 a 40 cm. As grutas (Gringo e Preto) estão situadas próximas a rede de drenagem, a segunda apresenta salões que variam de 1m e 50 m a 3m de altura. Nas planícies intermontanas se instalaram feições erosivas lineares (voçorocas) que seguem orientações estruturais de direção NE-SW e NW-SE, as feições variam de 2 a 14,2 m de largura, 1 a 10,7 m de profundidade e chegam a 1200m de comprimento .

CONCLUSÃO:

Portanto a atividade geoturística estimula não só a visitação, mas também a busca de conhecimento de forma orientada sobre a origem e evolução da paisagem contemplada, fazendo com que a economia local seja acrescida de maneira sustentável.

Instituição de Fomento: 1 Projeto de Pesquisa financiado pelo CNPq, através do Programa de Iniciação Científica PIC/UFRR.

Palavras-chave: Geoturismo, Roraima, Serra do Tepequém.