Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 8. Medicina
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS TRAUMAS OCORRIDOS NOS POVOS INDÍGENAS ATENDIDOS NA CASA DO ÍNDIO (CASAI), BOA VISTA, RORAIMA, BRASIL
CARLOS DANIEL VERAS DESCHAMPS 6786
LUANA MARCIA CRISTINO ABREU 6786
MAURO LUIZ SCHMITZ FERREIRA 6786
1. ACADÊMICO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
2. GRADUADA EM ENFERMAGEM PELA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
3. PROF. DR. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
INTRODUÇÃO:
O perfil epidemiológico dos povos indígenas no Brasil é muito pouco conhecido, o que decorre da exigüidade de investigações, da ausência de censos e de outros inquéritos regulares e da precariedade dos sistemas de registro de informações. É de suma importância a realização de um estudo epidemiológico de lesões traumáticas nos povos indígenas, pois se observa a multiplicação da violência, principalmente as de patologias traumáticas. Necessitamos conhecer as características das lesões traumáticas a que os indígenas estão mais sujeitos, visando com isso minimizar os fatores de riscos a que estão expostos.
METODOLOGIA:
Este estudo tem por objetivo geral analisar os dados epidemiológicos dos traumas ocorridos entre os povos indígenas atendidos na Casa do Índio (CASAI), Boa Vista, Roraima, no período 2008 à março de 2010. Trata-se de um estudo retrospectivo, que foi realizado através da análise de prontuários dos pacientes atendidos na Casa do Índio (CASAI), Boa Vista, Roraima, no período de 2008 a março de 2010. Todos os pacientes atendidos na CASAI, vítimas de trauma, foram incluídos. Os dados foram coletados utilizando uma ficha que incluiu às seguintes variáveis: sexo, idade, procedência do paciente e tipos de trauma. Os dados foram analisados com o auxílio do programa digital “Excel for Windows”.
RESULTADOS:
No período de estudo foram identificados 338 lesões traumáticas em pacientes indígenas dos quais 258 foram do sexo masculino e 80 do sexo feminino. A média de idade foi 24,07 anos. As etnias e número de casos de lesões traumáticas foram respectivamente: Ingaricó (18), Macuxi (250), Sapará (3), Wai Wai (9), Wapichana (45), Patamona (12) e Taurepang (1). Houve um predomínio de lesões traumáticas de membros superiores (43%), seguidos por lesões traumáticas em membros inferiores (26%), em região da cabeça (16%), outros (16%), coluna (14%), tórax (12%), e abdome (7%).
CONCLUSÃO:
Nas lesões traumáticas nos povos indígenas estudados: houve uma predominância do sexo masculino, na terceira década de vida; houve uma relação direta entre o número de indivíduos estimado nas sete etnias e o número de atendimentos; os membros superiores foram os mais acometidos.
Instituição de Fomento: PIBIC-CNPQ
Palavras-chave: etnias, indígena, lesões traumáticas.