Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
G. Ciências Humanas - 6. Ciência Política - 5. Relações Internacionais
INFLUÊNCIAS DA POLÍTICA DE DEFESA BRASILEIRA NA AMÉRICA DO SUL
Emanuel Herrique de Sousa Lourêto 1
Elói Martins Senhoras 2
Julia Faria Camargo 3
1. Aluno de iniciação científica do curso de Relações Internacionais da UFRR
2. Professor doutor do Departamento de Relações Internacionais da UFRR
3. Professora mestre do Departamento de Relações Internacionais da UFRR
INTRODUÇÃO:
Os conceitos de segurança e estratégia estão intimamente ligados e são considerados inseparáveis nos estudos das Relações Internacionais devido a uma série de ameaças tradicionais, de cunho inter-estatal, e novas ameaças transfronteiriças que levam à concepções de securitização estratégica ampliadas pelas políticas de defesa. No caso do Brasil, é perceptível essa retórica estratégica da securitização em função da diferenciação das políticas desde os Regimes Militares até os dias atuais, quando se observa a formação de um complexo regional de segurança, pautado numa visão conjuntural maximalista de assuntos securitários, porém alicerçado em antigas discussões, como soberania e papel central dos Estados nas relações internacionais.
METODOLOGIA:
A presente pesquisa vem sendo desenvolvida de maneira detalhada por meio da consulta em livros, periódicos e websites, pautando-se no levantamento de informações primárias e secundárias sobre o papel do Brasil na securitização regional a fim de demonstrar que as inflexões nas políticas de defesa representam não somente mudanças conteúdos nacionais, mas têm impactos conjunturais na América do Sul.Com o objetivo de investigar as rugosidades espaciais da construção do complexo regional de segurança na América do Sul, a presente pesquisa analisa quais são os principais vetores geoestratégicos de fragmentação conflitiva e vetores geoestratégicos de integração cooperativa, e qual o grau de influência da política de defesa brasileira no entorno regional.
RESULTADOS:
Por meio desta discussão subsídios, são fornecidos para, em primeiro lugar, comparar o padrão hemisférico de segurança coletiva em relação ao propositivo padrão de segurança cooperativa na América do Sul; em segundo lugar, compreender a problemática de formação de um núcleo duro estratégico de influência no complexo de segurança regional sul-americano e, por fim, identificar quais são os contenciosos e os canais de construção de cooperação regional contra as tradicionais e as novas ameaças. Observa-se, deste modo a tentativa brasileira de estruturação de mecanismos que visam tanto a defesa nacional quanto conjuntural na formação do complexo de defesa sul- americana. Vale ressaltar que medidas sólidas de complexos regionais de defesa ainda são incipientes, até mesmo para o bem estruturado bloco europeu, no qual a ideia de uma ação conjunta de defesa ainda encontra-se no dogmatismo.
CONCLUSÃO:
A Política de Defesa Brasileira tem se consolidado, atualmente, de forma que proporcione desenvolvimento e segurança, estritamente nessa ordem, constata-se assim a inversão do binômio de defesa e segurança utilizado durante o Regime Militar. Desta forma, com a política externa que tende a cooperação, o Brasil tem buscado estabelecer diretrizes que busquem o fortalecimento da porção sul-americana do continente como um todo.
Palavras-chave: América do Sul, Brasil, complexo regional de segurança.