Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
DINÂMICA DE MACRONUTRIENTES, ALUMÍNIO E pH EM LATOSSOLO AMARELO DISTRÓFICO EM FUNÇÃO DE DOSES DE CALCÁRIO E POTÁSSIO, APÓS SEGUNDO ANO DE CULTIVO COM SOJA, EM PLANTIO CONVENCIONAL
Mayra Pires Mateus 1
Valdinar Ferreira Melo 2
Sandra Cátia Pereira Uchôa 3
Raphael Henrique da Sila Siqueira 4
Guilherme Locatelli 5
1. Acadêmica de Agronomia da UFRR
2. Prof. Dr., Depto. de Solos e Engenharia Agrícola da UFRR, orientador
3. Profª Dra. Depto. de Solos e Engenharia Agrícola da UFRR
4. Acadêmico de Agronomia da UFRR, bolsista PIBIC/CNPq
5. Acadêmico de Agronomia da UFRR
INTRODUÇÃO:
A qualidade do solo, fundamentando as bases de sustentação do sistema de produção, vem despertando a compreensão de sistema agrícola que, além de reduzir sensivelmente a degradação do solo, permite maior retorno econômico ao agricultor. As características químicas dos solos podem ser afetadas tanto pela própria gênese do solo quanto pelos sistemas de manejo empregados ao mesmo.Vários estudos têm recomendado realizar a amostragem mais superficialmente (0-10 cm) (Anghinoni e Salet, 1998). Uma avaliação mais completa do status dos nutrientes em áreas sob plantio convencional pode ser obtida pela amostragem em outras profundidades, por exemplo, 10 a 20 cm e 20 a 30 cm. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a dinâmica de nutrientes e alterações químicas de um Latossolo Amarelo Distrocoeso, sob sistema plantio convencional após do segundo cultivo com soja, em função de doses de calcário e potássio e da profundidade.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em um Latossolo Amarelo Distrocoeso em ecossistema de cerrado, localizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima. Foi realizado plantio de milheto antecedendo o plantio de soja para formação de palhada nos dois anos consecutivos. Na adubação de fundação para a cultura da soja nos dois plantios foram aplicados 40 kg ha-1 de P2O5, e micronutrientes na dosagem de 3 kg ha-1 de FTE, além das doses experimentais em cada subparcela. O delineamento experimental foi o de parcelas subdivididas, com quatro doses de calcário compreendendo as parcelas e cinco doses de potássio (subparcelas) em três profundidades e quatro repetições formando um fatorial 4x5x3x4. O solo foi coletado com trado holandês, nas respectivas subparcelas, ao acaso, e as análises de Ca2+, Mg2+ e Al3+, pH em H2O e K+ foram determinados conforme Embrapa (1999).
RESULTADOS:
Para o Al3+ houve interação entre as profundidades e as doses de calcário, apresentando nas camadas menos profundas menores teores deste nutriente, os maiores valores de Al foi à dose de 1 t ha-1 de calcário apresentando na camada de 20 – 30 cm para esta dose 1,251 cmolc dm-3 e os menores valores nas doses 2 e 3 t ha-1 com 0,69 e 0,66 cmolc dm-3, respectivamente. Para o Ca2+ houve interação entre as profundidades e as doses de calcário, porém o teor deste nutriente diminuiu de acordo com o aumento da profundidade, e apresentando na dose de 4 t ha-1 o maior teor quando na profundidade de 0 -10 cm (1,58 cmolc dm-3). O Mg2+ variou apenas com a profundidade, apresentando maior teor na profundidade
0-10 cm (1,28 cmolc dm-3) e menor teor de Mg2+ na profundidade de 20 – 30 cm (0,83 cmolc dm-3). Os teores de potássio variaram de acordo com as doses de K aplicadas e com a profundidade, na dose de 260 kg ha-1 o maior teor de K foi de 15,1 mg dm-3 e a profundidade que apresentou maior teor de K foi a de 0 -10 cm apresentando 16,5 mg dm-3. Para os valores de pH houve interação entre as doses de calcário e a profundidade, obtendo maiores valores nas camadas superiores e nas doses de 4 t ha-1 resultando no pH de 6,23.Na dose de 3 t ha-1 obteve valores intermediários de 5,81 e 4,67.
CONCLUSÃO:
O incremento em fertilidade no plantio convencional foi pouco quando comparado com o solo em condições naturais.
A acidez do solo se manteve abaixo do desejável e os teores de Al encontrados foram muito superiores ao encontrado no solo em condições naturais.
Instituição de Fomento: CNPq e FEMACT
Palavras-chave: fertilidade, manejo do solo, savana.