Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 5. Farmacognosia
CONHECIMENTO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR ALUNOS DA FACULDADE CATHEDRAL, MUNICÍPIO DE BOA VISTA, RORAIMA
Shirley Aparecida Carvalho Rabelo 1
Janaína Dorneles Mahlke 2
Turma 6º Semestre 2010.2 3
1. Farmacêutica/Especialista/Professora Faculdade Cathedral
2. Farmacêutica/Mestre UFSM/Professora Faculdade Cathedral
3. Alunos de Fitoterapia / Curso de Farmácia, Faculdade Cathedral
INTRODUÇÃO:
Sendo o Estado de Roraima e sua capital compostos por uma população compreendida por nordestinos, sulistas e com fortes tradições indígenas, a utilização de plantas medicinais é cultural e inato. Sendo assim, o conhecimento empírico das plantas medicinais necessita de avaliação criteriosa em relação ao risco-benefício e para tal é necessário que as equipes de saúde que atuam na assistência básica tenham conhecimento sobre estes fitoterápicos. O enfoque deste trabalho foi o levantamento do conhecimento, por parte dos alunos da área de saúde da Faculdade Cathedral acerca de plantas medicinais nativas e exóticas com abordagem farmacoterapêutica e com o objetivo de direcionar as ações para elaboração de um projeto de Fitoterapia. A ação foi justificada para abordar aspectos multidisciplinares e analisar diretrizes como o provimento do acesso às plantas medicinais e fitoterápicas (Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC, 2006), promoção da formação técnico-científica e também o uso, reconhecimento e fortalecimento das práticas populares (Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos – PNPMF, 2009).
METODOLOGIA:
Participaram desta pesquisa 20 alunos de cada curso da área de saúde, sendo Odontologia, Farmácia, Biologia, Fisioterapia e Psicologia e 20 professores também da mesma área, perfazendo um total de 120 pessoas pesquisadas. Foi aplicado um formulário de pesquisa com perguntas envolvendo o conhecimento e origem das plantas medicinais utilizadas pelos alunos.
RESULTADOS:
Mediante análise do item conhecimento, 100% dos pesquisados disseram conhecer alguma planta medicinal, dentre eles 6% disseram utilizar às vezes e apenas 18% disseram não fazer uso caseiro de nenhuma delas. Este resultado é compatível com dados da Organização Mundial de Saúde que relata que 85% da população que recorre ao uso de práticas complementares fazem uso de plantas medicinais. Quanto à origem, dentre aqueles que utilizam plantas medicinais, 11,6% não souberam ou não quiseram citar nenhuma planta, 81% citaram plantas exóticas e 7,4% disseram utilizar planta com ação calmante.
CONCLUSÃO:
Não foram citadas plantas nativas, sendo um resultado relevante, ressaltando que as políticas públicas normatizam a promoção, reconhecimento e pesquisas no setor. Fica claro que deve haver na formação destes profissionais ações que fomentem a pesquisa e que ampliem o conhecimento sobre este assunto.
Instituição de Fomento: Faculdade Cathedral
Palavras-chave: fitoterapia, plantas medicinais, multiprofissional.