Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
ESTRATÉGIA METODOLÓGICA PARA COLETA DE RESÍDUOS PERIGOSOS ORIUNDOS DA ANALISE DA MATÉRIA ORGÂNICA EM AMOSTRAS DE SOLOS NA UNIDADE GERADORA
Sherlliton Sander de Souza Seabra 1
Rita de Cássia Pompeu de Souza 2
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima
2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
INTRODUÇÃO:
A análise de matéria orgânica de amostras de solo gera resíduos de alta periculosidade, tóxicos, corrosivos e nocivos, exigindo desta maneira metodologias específicas para a sua coleta na própria unidade geradora. Tal passo é essencial durante um processo de gerenciamento, uma vez que feita de forma adequada propicia às etapas seguintes agilidade e eficiência. A determinação baseia-se na oxidação da matéria orgânica a dióxido de carbono por íons dicromato em meio ácido.Portanto, esse estudo teve por objetivo propor uma estratégia metodológica para a coleta dos resíduos perigosos, por meio de observação e simulação do processo de analise da matéria orgânica, com vista ao posterior tratamento na própria unidade geradora.
METODOLOGIA:
O estudo foi desenvolvido no laboratório de resíduos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, localizada em Boa Vista Roraima, onde foi simulado o procedimento analítico, utilizando-se quarenta e quatro amostras de solos, originadas de projetos de pesquisa da empresa, sendo realizado registro fotográfico de todas as fases e determinações das quantidades de resíduos gerados, visando à obtenção de subsídios para a montagem da proposta metodológica para o recolhimento adequado do material na Unidade Geradora. Vale ressaltar que todo o processo foi realizado com a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva, visando-se evitar incidentes.
RESULTADOS:
O resíduo gerado se apresenta em vários níveis de concentração, sendo os três tipos principais: 1.lavagem de cubetas, copos e seringas; 2.Lavagem dos erlemeyers e 3. Restos da solução extratora, sendo todas as anteriores formas diluídas desta última, dessa forma para os resíduos do tipo 1, utilizou-se como estratégia para a coleta a junção dos resíduos caracterizados nesta classe (lavagem de cubetas, copos e seringas) por apresentarem as menores quantidades. Já o caracterizado como tipo 2 verificou-se que deve ser coletado separadamente por apresentar resíduos nas fases sólida e líquida, com grande quantidade desta última. Quanto ao resíduo caracterizado como tipo 3 por apresentar alta concentração de cromo hexavalente e ainda ácido sulfúrico concentrado, o ideal é que seja preparada em quantidade exata ou próxima de acordo com o numero de amostras a serem analisadas para que desta maneira não haja sobras ou que reste quantidades mínimas de resíduos. Para o acondicionamento dos resíduos tipo 1, bombonas de plástico, apresentando boa resistência, com tampas, de boca estreita e alto poder de vedação, com capacidade para cinco litros é o suficiente. Já o de tipo 2 bombonas de 10 litros e o de tipo 3 caso haja sobras deve permanecer no próprio frasco de origem.
CONCLUSÃO:
Atuando dessa maneira observou-se que a forma metodológica aplicada propiciará ao tratamento e às suas posteriores etapas, dentro de um gerenciamento de resíduos perigosos, maior agilidade sendo desenvolvida na própria unidade geradora. Além de contribuir para a redução dos riscos de acidente no âmbito de trabalho.
Instituição de Fomento: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Roraima)
Palavras-chave: Embrapa, laboratorio, gerenciamento.