Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
USO DE FITORREGULADORES NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CAMU-CAMU
Alberto Moura de Castro 1
Edson Farias de Oliveira 2
Marcos André de Souza Prill 2
Marcio Mesquita Barros 2
Kelter Santos Carvalho 2
Katherine Rodrigues Arruda 2
1. Prof. Dr. EAGRO/UFRR
2. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Agronomia da
INTRODUÇÃO:
O camu-camu ou caçari é uma espécie frutífera nativa da Amazônia, que vem despertando interesse em decorrência da elevada quantidade de ácido ascórbico presente nos frutos. A forma mais utilizada para a propagação dessa espécie é por meio de sementes, no entanto, a obtenção de mudas pela estaquia permite uniformidade do material, manutenção das características genéticas, além da redução do tempo para o início da produção dos frutos. Como o camu-camu é considerado de difícil enraizamento, torna-se necessário a utilização de técnicas que induzam a formação de raízes adventícias nas estacas. Por isso, o objetivo do trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas de camu-camu, submetidas a três indutores de enraizamento em diferentes tempos de exposição.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido no período de março a julho de 2010, em casa de vegetação equipada com nebulização intermitente, pertencente à Biofábrica da Universidade Federal de Roraima. Para a produção das estacas foram utilizados ramos da parte mediana de plantas nativas, localizadas as margens do rio Cauamé. As estacas foram preparadas com 20 cm de comprimento, 0,4 cm de diâmetro e um par de folhas no ápice, sendo plantadas em tubetes contendo areia lavada e peneirada. As soluções hidroálcoolica de ácido indolacético (AIA), ácido indolbutírico (AIB) e ácido naftalenoacético (ANA) foram obtidas na concentração de 500 mg L-1. Os tratamentos consistiram na imersão da região basal das estacas por 0,25 min, 15 min, 30 min e 60 min. Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3 x 4, constituído por fitorregulador x tempo de imersão, com 4 repetições e 12 estacas por parcela.
RESULTADOS:
Aos 80 dias após o plantio das estacas foram avaliadas as seguintes variáveis: estacas enraizadas, comprimento das raízes, estacas com calo, estacas com folhas persistentes, número de brotos e estacas mortas. Observou-se maior número de estacas vivas, sem raiz e com folhas persistentes no tratamento controle. Verificou-se que o aumento do tempo de imersão fez diminuir o percentual de estacas enraizadas, a quantidade média de raízes por estacas e o comprimento da maior raiz. Para todos os fitorreguladores utilizados, o tempo de imersão de 0,25 min resultou em maiores percentuais de enraizamento.
CONCLUSÃO:
O maior percentual de estacas enraizadas (52%) foi obtido utilizando-se ácido indolbutírico na imersão por 0,25 min.
Instituição de Fomento: CNPq e CAPES
Palavras-chave: Myrciaria dubia, auxinas, reguladores vegetais.