Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
Perfil de resistência e susceptibilidade em uroculturas de pacientes ambulatoriais e hospitalares do Estado de Roraima
Lorena de Souza Silva 1
Márcia Brazão e Silva Brandão 2
Fabiana Granja 3
1. Acadêmica do curso de Farmácia- Faculdades Cathedral
2. Biomédica, Mestra em Biologia de agentes infecciosos e parasitários, LACEN- RR
3. Bióloga,Doutora em Clínica Médica, CBio- UFRR
INTRODUÇÃO:

A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como sendo a invasão e multiplicação de micro-organismos nos tecidos do trato urinário, desde a uretra até os rins sendo uma das infecções bacterianas mais comuns dos seres humanos e sua maior incidência ocorre no sexo feminino devido às condições anatômicas, além de outros fatores que incluem: episódios prévios de cistite, o ato sexual, o uso de certas geléias espermicidas, a gestação e o número de gestações e uma higiene deficiente, mais freqüente em pacientes com piores condições socioeconômicas e obesas. A etiologia da maioria dos casos corresponde à infecção por bactérias Gram-negativas, sendo a Escherichia coli o micro-organismo invasor mais comum. O objetivo dessa pesquisa foi analisar uroculturas positivas em pacientes do sexo feminino de ambientes comunitários e hospitalares, atendidas no Laboratório Central de Saúde Publica de Roraima (LACEN), no período de julho de 2009 a julho de 2010.
METODOLOGIA:
Os registros foram organizados de acordo com a procedência do paciente (ambiente comunitário e hospitalar). Foram consideradas positivas, as culturas com contagem de colônias maior ou igual a 100.000 unidades formadoras de colônias (UFC) por ml de urina. Após a identificação do microrganismo a técnica do antibiograma foi realizada no meio Mueller- Hinton (técnica de disco difusão), de acordo com os descritos pelo CLSI (National Committe for Laboratory Stadards).
RESULTADOS:
Do total de 1074 uroculturas, 148 amostras (13,7%) foram positivas e entre as amostras positivas verificamos que 109 (13,3%) das uroculturas foram de pacientes comunitários e 39 (15,3%) de pacientes hospitalares. A faixa etária que apresentou maior ocorrência de ITU, foram em pacientes ≥40 anos correspondendo a (61,16%) em pacientes comunitários e a mesma faixa etária para pacientes hospitalares (61,53%).
Nos resultados obtidos encontramos a maior freqüência (63%) de E.coli, tanto nos pacientes provenientes da comunidade (72%) como os pacientes provenientes do ambiente hospitalar (44%), sendo essa a bactéria mais freqüentemente encontrada nas infecções do trato urinário feminino. Nos pacientes provenientes da comunidade o patógeno de maior freqüência depois da E.coli foi a Klebsiella ozaenae com 10% dos casos e nos hospitalares encontramos a Pseudomonas aeruginosa e os Bacilos gram negativos não fermentadores (9,3%).
Dentre os antibióticos testados entre pacientes provenientes do ambiente comunitário e hospitalar, a gentamicina foi o aminoglicosidio que mais apresentou resistência, seguido da norfloxacina, ácido nalidíxico, sulfametoxazol+ trimetropim
CONCLUSÃO:
A identificação dos microorganismos, assim como o conhecimento de sua sensibilidade, indica o correto uso dos antibióticos, reduzindo os casos de infecções recorrentes e diminuindo as chances de resistência bacteriana.
Palavras-chave: uroculturas, resistência microbiana