Reunião Regional da SBPC em Boa Vista
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia
TITULAÇÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS E CONJUGADO PARA DENV4 NA OTIMIZAÇÃO DA TÉCNICA DE IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA 1
Thalita Caroline da Silva Siqueira 2
Aline Gondim de Freitas 2
Jennifer Dorlanes dos Santos Silva 2
Francisco Eduardo Gomes Brito 2
Pablo Oscar Amézaga Acosta3 3
1. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq
2. Aluno do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas e bolsista PIBIC-CNPq- UFRR
3. Prof. Dr. do Centro de Estudos da Biodiversidade –Cbio - UFRR
INTRODUÇÃO:
O dengue é uma doença arboviral que afeta mais de cem países de regiões tropicais e subtropicais do mundo, entre estes o Brasil. Roraima é hoje caracterizado como hiperendêmico para o dengue, pois nos últimos 10 anos circularam os quatro sorotipos existentes da doença: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. Acrescenta-se a esta situação epidemiológica elevados índices de incidência e aumento das formas graves a cada ano. Várias técnicas são utilizadas no diagnóstico laboratorial do dengue: virológicas, sorológicas e moleculares. O Isolamento Viral é considerada a técnica padrão ouro. Este trabalho teve como objetivo otimizar a técnica de Imunofluorescência Indireta (IFI) no isolamento viral do DENV4 visto que o diagnóstico laboratorial é de fundamental importância na geração de informações valiosas para o monitoramento do sorotipo 4 recirculante.
METODOLOGIA:
Para o isolamento viral as amostras foram inoculadas em células de Aedes albopictus linhagem C6/36 e incubadas por um período de 10 dias. Após este período o fluído celular foi coletado, fixado e encaminhado para a IFI. Esta última se baseia na reação imunológica específica antígeno-anticorpo para identificação de antígenos virais. As lâminas foram incubadas com anticorpos monoclonais tipo-específicos. Posteriormente foram lavadas para retirada de anticorpos não-ligantes e incubadas com anti-anticorpos conjugados com isotiocianato de fluoresceína. Após nova lavagem, foram montadas em glicerol tamponado para observação em microscópio de fluorescência. Tanto os anticorpos monoclonais quanto o conjugado foram testados nas titulações de 1:20, 1:40, 1:80 e 1:160.
RESULTADOS:
As diluições utilizadas anteriormente no laboratório de Biologia Molecular eram de 1:40 tanto pra anticorpos monoclonais quanto para conjugado. Foi possível a visualização de fluorescência citoplasmática característica de IFI positiva em todas as diluições de anticorpos monoclonais, porém a mesma não foi visualizada nas diluições do conjugado acima de 1:40. A titulação de conjugado anteriormente utilizada de 1:40 foi ideal para a IFI. Deverá haver um reajuste na diluição dos anticorpos monoclonais de 1:40 para 1:160 possibilitando maior economia do reagente.
CONCLUSÃO:
A titulação pôde contribuir na otimização da técnica para o diagnóstico por isolamento viral do DENV4. Novas titulações futuras serão necessárias no aperfeiçoamento da técnica para DENV1, DENV2 e DENV3. Diluições acima de 1:160 também deverão ser testadas para DENV4 pela possibilidade desta não ser a diluição limítrofe para uma boa visualização da fluorescência citoplasmática positiva.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq
Palavras-chave: dengue, IFI, isolamento viral.