Reunião Regional da SBPC em Oriximiná
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
PATRONOS DAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE SANTARÉM
Tiandra Lilian Nogueira Ferreira 1
Anselmo Alencar Colares 2
1. Programa de Pedagogia, Instituto de Ciências da Educação – UFOPA
2. Prof. Dr./Orientador – Instituto de Ciências da Educação – UFOPA
INTRODUÇÃO:
Conhecer a vida e a obra daqueles/as que dão seus nomes às escolas é de suma importância para a compreensão e o resgate da memória educacional, além de contribuir como apoio para a (re)construção histórica da educação escolar, especificamente no que se refere aos diversos contextos nos quais as instituições de ensino foram instaladas. A pesquisa visou identificar as personalidades cujos nomes denominam as instituições de ensino da rede municipal pública (área urbana) de Santarém a fim de realizar uma análise sucinta da contribuição dos patronos das escolas pesquisadas, para com a sociedade e a educação em Santarém.
METODOLOGIA:
Foram realizados levantamentos bibliográficos e documentais sobre os patronos de 53 escolas públicas municipais em livros, artigos, relatórios, documentos técnicos, buscas online, etc. Sobre cada personagem, focou-se qual sua origem, área de atuação, contribuições ao seu ambiente social, estabelecendo possíveis paralelos com o contexto histórico da época. Em seguida, foram feitos estudos de contextualização das personalidades que foram homenageadas de maneira a responder às seguintes questões: Quem são os homenageados? O que fizeram pela educação, pelo município, ou pela sociedade em geral? Como são classificados nos diversos campos sociais? Foram levadas também em consideração, suas realizações e/ou interesses pessoais onde atuavam.
RESULTADOS:
Foi constatado que os patronos (personalidades humanas) estão presentes em algum registro biográfico. Foram personalidades de notável influência na sociedade Santarena, direta ou indiretamente. Principalmente na educação, na política, ou na religião. Mais da metade dos Patronos são do sexo masculino. Constatamos também que cerca de 10 por cento dos patronos não estão representados por personalidades humanas, e sim por instituições, símbolos ou representações de lutas coletivas, tais como “União Libertadora”, “Ebenézer”, “Rotary”, “Fluminense”, “Pérola do Maicá”.
CONCLUSÃO:
O estudo dos patronos – personalidades, instituições, símbolos ou representações coletivas – que emprestam seus nomes para a denominação de uma instituição de ensino pode revelar importantes facetas da conjuntura da época de sua criação e implantação. Permite identificar no conjunto de forças presentes, o(s) grupo(s) de maior influência, uma vez que o nome é uma marca que se impõe a todos de forma permanente. Por outro lado, a partir da compreensão regressa, somos instigados a realizar análises comparativas quanto ao peso simbólico daquele patrono no cotidiano atual. Este exercício também é significativo para a descoberta de rupturas e permanências de concepções de mundo, hábitos e costumes, e outros aspectos marcantes que se fazem presentes nas relações entre a vida privada e os espaços de convivência pública.
Instituição de Fomento: Cnpq/Fapespa/Ufopa
Palavras-chave: Patronos