Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
OCORRÊNCIA DE FUNGOS NO LEITE DE VACA EM PROPRIEDADES LEITEIRAS DA CIDADE DE AMARGOSA – BA.
Margarete de Jesus Rodrigues 1
Ludmilla Santana Soares e Barros 2
1. Graduanda - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB
2. Prof. Dra. - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB - Orientadora
INTRODUÇÃO:
O leite é um alimento de suma importância para crianças, jovens e adultos, por ser rico em proteínas, gordura, carboidratos e sais minerais. Porém, para consumir deve existir a ausência de microrganismos, pois a presença dos mesmos caracteriza contaminação o que pode ser prejudicial à saúde. Muitas vezes, o leite cru é comercializado nas periferias das cidades, de forma irregular, não submetido a qualquer tipo de tratamento para redução de sua carga microbiana e eliminação dos principais patógenos. Esses patógenos podem prejudicar não só o homem, mas também ao animal leiteiro. As autoridades sanitárias tem se preocupado com a saúde dos úberes das vacas leiteiras, pois está sendo grande a ocorrência de infecções, onde medicamentos estão sendo utilizados de forma aleatória, e essas autoridades temem que microorganismos patogênicos criem resistências ao mesmo. Sob essa condição, é encontrado no leite muito resíduo de antibióticos podendo causar problemas à saúde humana.
METODOLOGIA:
Foi coletado dados sobre os animais incluindo informações sobre mastites clínicas e sub-clínicas.Os animais foram provenientes de quatro fazendas leiteiras da Cidade de Amargosa, 10 % das fêmeas em lactação foram escolhidas para o experimento. Após a coleta foi feito o isolamento de fungos do leite utilizando o meio de cultura Agar Dextrose Sabouraud e foram incubadas a 28 ºC durante o período de 48-72 horas. Existindo crescimento de colônias de fungos no Agar Dextrose Sabouraud, testes Bioquímicos foram realizados através do Meio de cultura Cromogênico – CROMOagar Candida, para detecção de fungos do gênero Candida, que foi incubado a uma temperatura de 37ºC durante um período de 48 horas. Após esse período, foram identificados os isolados de fungos classificado-os através da cor típica da colônia onde, a cor verde corresponde a espécie Candida albicans, a cor azul acinzentado a Cadida tropicalis, a cor rosa, rugosa a Candida krusei e a cor branca a rosa a outras espécies de Candida.
RESULTADOS:
No decorrer da realização dos experimentos, foram visitadas quatro propriedades leiteiras localizadas nos Municípios de Amargosa – Bahia, onde 10% das 243 vacas em período de lactação foram submetidas ao diagnóstico da mastite clínica e subclínica pelo teste de “California Mastitis Test¨ (CMT), utilizando a raquete de mastite. Foi verificado um percentual de 15% de mastite clínica e 35% de mastite subclínia em quanto que o percentual negativo para mastite foi de 50% das amostras analisadas.
Das amostras de leite analisadas, apesar de 50% não apresentarem mastite micótica, 97,5% dos testes bioquímicos apresentaram positivos para Candida.
A presença de fungos filamentos nas amostras analisadas foram de 12,5% de Candida albicans, 7,5% de Candida krusei, 10% de Candida tropicalis e 42,5% de outros tipos de Candida. Além disso. Foi observado a presença de mais de um tipo de fungo filamentoso em estriação única em várias amostras, ou seja, foram encontrados 15% de presença de Candida albicans e Candida krusei, 5% de Candida tropicalis e Candida krusei, 2,5% de Candida albicans e outros tipo de Candida e 2,5% de Candida albicans e Candida tropicalis, em algumas amostras respectivamente.
CONCLUSÃO:
Os fungos filamentosos do gênero Candida, foram encontrados nas amostras de leite analisadas das referidas propriedades. Isso representa um problema sério para proprietários e consumidores do leite, pois os fungos Candida albicans, Candida krusei, Candida tropicalis e outros tipos de Candida, são agentes que podem causar doenças, bem como podem interferir nos procedimentos de elaboração de produtos lácteos.
Palavras-chave: Cândida, Mastite, Fungos.