Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
DIVULGAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA: estudo polifônico nas notícias sobre saúde pública no jornal CINFORM do estado de Sergipe
Adernilson Queiroz Alves 1
Daniel Portella 2
Lilian Faye Pedrosa 3
Rafael Araújo 4
Lídia Maria de Jesus Guimarães 5
1. Enfermeiro e Especialista em Auditoria de Sistemas de Saúde - Estácio de Sá
2. Fisioterapeuta e Especialista em Saúde Pública pela Faculdade Adventista da Bahi
3. Fonoaudióloga e Especialista em Saúde Pública pela Faculdade Adventista da Bahia
4. Fisioterapeuta e Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Hospitalar pela Fac
5. Enfermeira e Especialista em Saúde Pública com ênfase em PSF - Estácio de Sá
INTRODUÇÃO:
A Saúde Pública, com o propósito de estender seus princípios de universalidade, integralidade e equidade, vem se utilizando dos meios de comunicação de massa como forma de divulgação de temas e ações, valendo-se dos mais diversos recursos proporcionados por estes para ampliação de tal proposta. Assim é que buscamos refletir sobre a mediação exercida pelo Jornal CINFORM entre leitores e os diversos temas em saúde pública veiculados neste. Para materializar tal reflexão, trazemos como objetivo geral estudar o papel social da divulgação midiática em relação ao acesso da população aos temas e ações relacionados à Saúde Pública como meio de conscientização, prevenção e educação em saúde.
METODOLOGIA:
O corpus da pesquisa se constitui de 10 matérias de um jornal de circulação semanal do Estado de Sergipe, CINFORM, em suas edições de 12 de abril a 30 de maio de 2010. Estas matérias foram analisadas segundo a categoria da polifonia, em que se destacaram as diversas vozes sociais que são trazidas pelo jornalista para legitimar a constituição de seu texto.
RESULTADOS:
Como resultado, constatou-se uma discrepância no emprego dos “valores” destas vozes, sendo a voz da população pouco utilizada. Nas matérias analisadas, verificamos que o jornalista, ao escrevê-las, busca, através da polifonia, legitimar os fatos e dados levantados em seu trabalho por meio da “força” que as vozes utilizadas por ele representam no meio social.
CONCLUSÃO:
Neste estudo, identificou-se também a negação da suposta neutralidade do jornalista que, predominantemente, utiliza-se das vozes sociais de prestígio, deixando assim, a voz da população com pouco espaço discursivo, diminuindo, deste modo, as possibilidades de posicionamentos mais críticos e reflexivos por quem de fato sofre as conseqüências de uma ‘Saúde Pública’ nacional precária.
Palavras-chave: Comunicação de massa, Polifonia, Saúde Pública.