Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
Diferentes tipos de vasilhames para o cultivo de mudas de inhame (Dioscorea alata L.) em telado.
Camila Mascena da Cunha 1
Francisco de Souza Fadigas 2
João Albani Costa 3
Sandielle Araújo Vilas Boas 4
Rosane da Silva Sant’Ana 5
1. Graduando em Agronomia pela UFRB - Bolsista PIBIC/CNPQ
2. Dr. em Agronomia - Ciência do Solo, Prof. Adjunto do CETEC-UFRB. Orientador
3. Dr. em Agronomia - Ciências Agrárias, Prof. Adjunto do CETEC-UFRB. Co-Orientador
4. Graduando em Agronomia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
5. Graduando em Agronomia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
INTRODUÇÃO:
Os agricultores que cultivam inhame nas regiões produtoras de Maragogipe, Cruz das Almas e São Felipe enfrentam uma série de dificuldades decorrentes da falta de informações técnicas sobre o manejo da cultura nas condições locais, especialmente aqueles relacionados ao ataque de nematóides e a degradação química e física do solo, ambos provocando perda de produtividade (CARVALHO e CARVALHO, 2003). Para aumentar a produtividade dessa cultura é fundamental se praticar um manejo cultural eficiente, considerando os aspectos relacionados ao plantio, ao crescimento e ao desenvolvimento da planta, na busca de maior retorno econômico. (SANTOS et. al. 2007b). Tanto na propagação por microssementes quanto pelo método do super-adensamento populacional, é fundamental efetuar-se o tratamento químico do material a ser plantado. A maioria dos autores recomenda o tratamento por imersão em solução de fungicida e ou de fungicida + nematicida por alguns minutos (SANTOS et al., 1998a; SANTOS et al., 1998b; SANTOS et al., 1998c;). O objetivo deste trabalho foi selecionar um tipo de vasilhame que resulte maior percentagem de brotação com uma menor relação custo/benefício na produção de mudas do inhame São Tomé (Dioscorea alata L.).
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido no Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal do recôncavo da Bahia, em telado não climatizado entre os meses de setembro a novembro de 2009. As túberas foram seccionadas em pedaços de 20g. e plantadas nos vasilhames contendo substrato Plantmax HT. Foram avaliados: Tubete de polietileno (T1) com 180 cm3, Caixa de suco (T2) - tipo Tetra Pack com 200 cm3, Saco de polietileno pequeno (T3) com 255 cm3, Saco de polietileno grande (T4) com 355 cm3. Os vasilhames foram dispostos em blocos casualizados em grupos de cinco vasilhames, com dez repetições cada tratamento, e aos 30 e 60 dias foi avaliada a percentagem de germinação das plantas. Em laboratório foram quantificados: A massa fresca da raiz (MFR), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da raiz (MSR), massa seca da parte aérea (MSPA), comprimento da raiz (CR), comprimento da parte aérea (CPA) e o número de folhas (NF)
RESULTADOS:
A percentagem de germinação das sementes de inhame, após os 30 dias variou de 32% a 46%. O tubete (TB) apresentou a maior percentagem 46%, e o menor valor foi encontrado no saco preto pequeno (SP) 32%. Aos 60 dias após o plantio o TB passou de 46% para 82% de germinação, e a caixa (CX) apresentou um menor aumento passando de 44% para 66%. O SP e o saco grande (SG) atingiram o dobro da percentagem de germinação, sendo que o SP passou de 32% para 68% e SG 36% para 74%. Esses resultados indicam que o tubete constitui-se num vasilhame que favorece a germinação mais rápida das sementes. Uma explicação possível seria a facilidade de drenagem da água de molhação. Para as variáveis de parte aérea e raiz, verifica-se que o SG apresentou estatisticamente maior média MFPA, seguida da CX, que não diferiu dos demais tratamentos. Não houve diferença significativa nas variáveis de MSPA e MFR para nenhum dos tratamentos. As maiores médias de MSR foram encontradas no SG e TB, os quais não diferiram entre si. O maior desenvolvimento do CPA foi obtido quando as minitúberas foram cultivadas em CX e em SG. Em relação ao CR, as maiores médias foram nos SP e SG em reação aos demais, os quais não diferiram entre si. Quanto ao NF, os SG e CX não diferem entre si, sendo superiores aos demais.
CONCLUSÃO:
Conclui-se que a utilização de sacos pretos de polietileno 355 cm3 para obtenção de mudas de inhame resultou em mudas com melhores características vegetativas. Caixas de suco de 200 cm3 também poderão ser utilizadas para este fim, representando uma alternativa para reciclagem desse tipo de embalagem. São necessários ensaios de campo para avaliar como o desenvolvimento das plantas e a produtividade da cultura, variam de acordo com o tipo de mudas plantada
Palavras-chave: Microssementes, Propagação, Vasilhames.