Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
Indução do Florescimento Precoce em Bananeira
Tamyres Barbosa do Amorim 1
Carlos Alberto da Silva Ledo 2
Sebastião de Oliveira e Silva 2
Mayana Matos de Oliveira 3
Valquiria Martins Pereira 3
1. Graduanda em Agronomia, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas – U
2. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. C.P. 007. CEP: 44380-000, Cruz das Alm
3. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. C.P. 007. CEP: 44380-000, Cruz das Alm
4. Mestranda em Ciências Agrárias, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológ
5. Mestranda em Ciências Agrárias, Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológ
INTRODUÇÃO:
O melhoramento genético de bananeira no Brasil tem como objetivo desenvolver variedades resistentes a pragas, doenças e nematóides, com o porte e o ciclo reduzidos e maior produtividade (SILVA et al., 2003). A obtenção de uma nova cultivar demanda muito tempo, pois leva em média de 10 a 12 anos. Um dos fatores responsáveis por este longo período é o tempo gasto para as plantas florescer e assim permitir a iniciação dos cruzamentos. Qualquer redução no ciclo da planta significa uma obtenção mais rápida de uma nova cultivar.
O florescimento é uma das fases intermediárias do desenvolvimento da bananeira, nesta etapa o meristema apical sofre transformações que levam as células à intensa atividade mitótica, que normalmente são ocasionadas pela presença do ácido giberélico, que age como regulador da divisão e alongamento das células (TAKAHASHI et al., 1988).
As giberelinas (GA3) constituem um grupo de ácidos diterpenóides que regulam o crescimento e desenvolvimento de plantas (MONTEIRO, 1985). Esses reguladores são encontrados em diferentes quantidades em todas as partes das plantas estimulando tanto a divisão quanto o alongamento celular (RAVEN et al., 2000). O objetivo deste trabalho foi induzir o florescimento de cultivares de bananeira, por meio de aplicação do ácido giberélico
METODOLOGIA:
O projeto foi conduzido na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical em Cruz das Almas BA. O experimento foi instalado em blocos casualizados no esquema fatorial 4X4X2, com quatro doses de ácido giberélico (0 mg L-1, 8 mg L-1, 16 mg L-1, 32 mg L-1 por planta), aplicadas em quatro idades diferente da planta (3; 4; 5; 6, meses do plantio) para dois genótipos (FHIA-18 e Pacovan Ken), com cinco repetições. A parcela experimental foi constituída de quatro plantas úteis, circundada por bordadura externa e o espaçamento utilizado foi de 2,5 m x 2,5 m. O ácido giberélico foi diluído em água bi-destilada. A aplicação do regulador de crescimento foi realizada mediante uma injeção na altura do ápice do cilindro central.
Foram avaliadas as variáveis número de dias do plantio ao florescimento (NDPF) e número de dias do florescimento à colheita (NDFC). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
O resumo da análise de variância para as variáveis número de dias do plantio ao florescimento (NDPF) e número de dias do florescimento à colheita (NDFC) estão apresentados conforme a Tabela 1. Para essas variáveis não houve efeito significativo para a fonte de variação dose de GA3 e de suas interações com os outros fatores (p>0,05) para a indução do florescimento precoce. O propósito da aplicação do GA3 não foi servir de indutor, e sim de acelerador do crescimento da ráquis floral, a fim de se obter uma emergência mais rápida. Para a variável NDPF houve efeito significativo da interação entre épocas de aplicação x cultivares (p<0,05). Para o NDFC houve efeito significativo apenas para as cultivares (p<0,05). Os coeficientes de variação foram de 20,97% e 16,00%, que indicam uma precisão experimental razoável.
Na Figura 1 são apresentados o número de dias do plantio ao florescimento (NDPF) das cultivares de bananeira FHIA-18 e Pacovan Ken em relação à aplicação de GA3 aos 3, 4, 5 e 6 meses após o plantio. Observa-se que houve diferenças significativas (p<0,05) apenas para o desdobramento de cultivares dentro de época de aplicação nas avaliações realizadas aos 5 e 6 meses após o plantio, em que a cultivar FHIA-18 apresentou NDPF estatisticamente inferior à cultivar Pacovan Ken.
CONCLUSÃO:
A aplicação do GA3 não influencia a época do florescimento nos cultivares de bananeira avaliados.
Instituição de Fomento: EMBRAPA
Palavras-chave: Musa spp, Melhoramento, Precocidade.