Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenhar - 4. Conservação da Natureza
Tamanho de amostra para teste de germinação de Mimosa caesalpiniifolia Benth (sabiá) (Fabaceae - Mimosoideae)
Mariana Duarte Silva Fonseca 1
Taiane Pires de Freitas 2
Bianca Machado Campos 2
Teresa Aparecida Soares de Freitas 3
Andrea Vita Reis Mendonça 4
1. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
2. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro
3. Profª. Drª. - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - Orientadora
4. Profª. Drª. - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
INTRODUÇÃO:
O Brasil apresenta uma incrível biodiversidade que não é explorada cientificamente. Muitas espécies florestais nativas apresentam poucos estudos, refletindo, assim, na carência de metodologias para testes de medição de qualidade de sementes florestais contidas na Regra para Análise de Sementes (RAS). Cada espécie, por apresentar comportamentos fisiológicos, morfológicos e ecológicos diferenciados, deve ter suas sementes analisadas distintamente, com metodologias que sejam padronizadas e próprias para cada uma. Algumas produzem pequena quantidade de sementes em períodos irregulares, entretanto escassos trabalhos se preocupam com a definição do número de repetição e número de sementes por repetição para testes de germinação. O que se observa na literatura é a utilização de metodologias diferentes das prescritas na RAS, baseadas na quantidade de semente disponível para o trabalho. Visto a necessidade de padronização de testes de germinação, o objetivo deste trabalho foi definir o tamanho da amostra para realização deste teste para Mimosa caesalpiniifolia Benth (sabiá).
METODOLOGIA:
As sementes foram adquiridas do Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (IPEF) e o experimento foi conduzido no Laboratório de Sementes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, campus Cruz das Almas. Foi montado um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 x 8, com seis números de sementes (20, 25, 30, 50, 70 e 100) e oito números de repetição (3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10), com cinco repetições por tratamento. As sementes foram semeadas em folhas de papel germitet umedecidas, embrulhadas em rolo e colocadas em sacos plásticos em pé em BOD a 30ºC. As contagens realizaram-se a cada dois dias durante doze dias, determinando-se o percentual de germinação e o índice de velocidade de germinação. Os dados coletados foram analisados quanto à homocedasticidade, distribuição normal dos resíduos, análise de variância, análise de regressão pelo método sequencial, teste de Durbin-Watson para validação dos modelos ajustados e distribuição gráfica dos resíduos padronizados.
RESULTADOS:
A interação entre número de sementes e repetição na análise de variância para índice de variação na percentagem de germinação foi significativa ao nível de 5%. Somente o tratamento com quatro repetições não apresentou efeito do número de sementes. As repetições três e nove não apresentaram modelos satisfatórios pelo método de regressão sequencial. O número ideal de sementes variou de 65 a 79 sementes por repetição utilizando os tratamentos de 6, 7, 8 e 10 repetições. Para as repetições com 20, 30, 50 e 70 sementes, o número de repetições não influenciou o índice de variação. A análise de variância para índice de variação em índice de velocidade de germinação demonstrou que a interação entre o número de sementes e repetição não foi significativa ao nível de 5%.
CONCLUSÃO:
Para o lote de sementes de M. caesalpiniifolia testado, recomenda-se a utilização de seis repetições com 80 sementes cada.
Instituição de Fomento: FAPESB
Palavras-chave: Espécie florestal, Repetição, Sementes.