Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA EM GENÓTIPOS DE AMENDOIM PRODUZIDOS NO RECÔNCAVO BAIANO
Luiz Fernando Melgaço Bloisi 1
Clovis Pereira Peixoto 2
Queila de souza Nascimento 3
Larissa Freitas de Melo 4
Nailson Feitosa Nascimento 4
Jorge de Almeida 5
1. Eng. Agr. Mestrando em RGV pela UFRB/EMBRAPA.
2. Eng. Agr. Professor Associado, D.Sc. – CCAAB/UFRB.
3. Acadêmico de Biologia da UFRB.
4. Acadêmico de Agronomia da UFRB.
5. Eng. Agr Doutorando em Ciências Agrárias – CCAAB/UFRB
INTRODUÇÃO:
Os principais estados produtores de amendoim na região Nordeste são: Bahia, Sergipe, Ceará e Paraíba, o sistema de produção típico é o de agricultura familiar, com pouco uso de insumos ou mecanização. O Nordeste é considerado o segundo maior pólo consumidor do Brasil, estimado em 50.000 toneladas por ano, sendo que a produção da região só atende a 10% do consumo, o restante é importado de outras regiões e Estados.
Tem grande interesse para a região do Recôncavo Baiano nos quais se destacam os municípios de Maragogipe e Cruz das Almas, onde é cultivado basicamente por pequenos e médios produtores destinado para consumo “in natura”. As sementes utilizadas na região em sua maioria são produzidas pelo próprio agricultor, no qual ocasiona em misturas físicas e genéticas, fazendo com que a produção não seja homogênea promovendo assim uma variabilidade entre os genótipos. No entanto, essas sementes produzidas são interessantes por estarem adaptadas as condições edafoclimaticas da região. Este trabalho tem como objetivo avaliar as características morfológicas referentes ao crescimento e produção em genótipos de amendoim tipo vagem lisa, produzidas por pequenos agricultores no Recôncavo Baiano.
METODOLOGIA:
Foram coletados quinze genótipos (G) do tipo vagem lisa, em diversas localidades no Recôncavo Baiano, nos quais cada genótipo foi semeado em linhas de 5m x 0,50m e 0,1m entre plantas, em esquema fatorial de 15 x 5 (genótipos x análises no tempo) com 2 repetições. Para as analises morfológicas de crescimento procedeu-se análises quinzenais a partir do 21º dia após emergência até o final do ciclo, nos quais foram selecionadas 5 plantas ao acaso e foram avaliados as seguintes variáveis: altura da haste principal (AHP), diâmetro da haste principal (DHP), número de folhas (NF) e número de ramificações (NR), e a analise de produção foi realizada aos 96 dias após a semeadura na qual foi realizada a colheita das 5 plantas selecionadas nas quais foram selecionados 5 legumes ao acaso avaliando-se: comprimento de legume (CL), diâmetro de legume (DL) e número de grãos (NG). Os resultados foram submetidos ao teste de Scott-Knot, a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Para a AHP foi obtido a formação de quatro grupos, destacando-se os genótipos nove e dez (29,42 e 29,08 cm, respectivamente) com maiores alturas. O DHP apresentou pouca variação, formando apenas dois grupos. O genótipo um para as variáveis NF e NR obteve resultados superiores aos demais genótipos com valores de 38,22 folhas e 4,96 ramificações. Para analise de produção todas as variáveis analisadas diferiram estatisticamente entre si. Para a variável CL, formaram-se quatro grupos, tendo os genótipos quatro e cinco com resultados superiores de, 3,98 e 4,21 cm, respectivamente. A variável DL formou dois grupos, sendo os genótipos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 12 e 15, os que obtiveram diâmetros superiores, não diferindo estatisticamente entre si. A variável NG apresentou variação de 2,0 (genótipo 11) a 3,4 grãos (genótipo 13) no qual formou 3 grupos. Os genótipos quatro e cinco apresentaram valores superiores para todas as variáveis, demonstrando assim que possuem legumes de maior tamanho e maior numero de sementes em comparação aos demais analisados podendo assim serem selecionados como os mais promissores para o consumo “in natura” pois, são preferidos pelos consumidores.
CONCLUSÃO:
Por meio das variáveis analisadas é possível observar que existe variabilidade nos genótipos utilizados pelos agricultores, mas tal variação não prejudica o valor comercial do amendoim produzido e sim em sua produção.
Instituição de Fomento: UFRB, EBDA
Palavras-chave: Arachis hipogaea L., Crescimento, Legume.