Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 4. Produção Animal
COMPORTAMENTO INGESTIVO DE VACAS LEITEIRAS NO SEMI-ÁRIDO COM UTILIZAÇÃO DE PALMA FORRAGEIRA EM SUBSTITUIÇÃO AO MILHO
Tiago Oliveira Brandão 1
Jair de Araújo Marques 2
Jacqueline Firmino de Sá 3
Fabiano Ferreira da Silva 4
Robério Rodrigues Silva 5
Emmanuel Emydio Gomes Pinheiro 6
1. Graduando em Medicina Veterinária - UFRB - Tiago Oliveira Brandão
2. Prof. Dr. - UFRB - Jair de Araújo Marques
3. Prof.(a) IFBa - Itapetinga/Ba - Doutoranda/UESB - Jacqueline Firmino de Sá
4. Prof. Dr. - UESB - Fabiano Ferreira da Silva
5. Prof. Dr. - UESB - Robério Rodrigues Silva
6. Graduando em Medicina Veterinária - UFRB - Emmanuel Emydio Gomes Pinheiro
INTRODUÇÃO:
O comportamento ingestivo consiste de uma fase apetitiva (estado motivacional de procura de alimento), uma fase consumitória (período de ingestão), e uma fase refrataria (com sinais de saciedade), é e influenciado por processos fisiológicos e físicos, capacidade enchimento do rumem. Além do estudo do comportamento ingestivo, a capacidade dos ruminantes em aproveitar alimentos de baixo valor nutritivo e transformá-los em proteína de alto valor biológico vem sendo amplamente aproveitada nos sistemas de produção animal. Visto que, as vantagens de permitir criá-los sem competir com alimentos nobres, melhor utilizados por animais não ruminantes e o próprio homem (Macedo Junior et al., 2006). Segundo MARQUES et al. (2006), a avaliação do comportamento ingestivo de animais submetidos a ambientes controlados faz-se necessária por propiciar o entendimento das respostas animais e possibilitar ajustes de manejo alimentar para obtenção do melhor desempenho produtivo. Com esse trabalho objetivou-se avaliar os tempos despendidos com alimentação, ruminação e ócio em vacas mestiças leiteiras, submetidas a dietas contendo quatro níveis de inclusão de palma forrageira em substituição ao milho.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido na Fazenda Paulistinha no Município de Macarani – BA. As observações do comportamento ingestivo foram realizadas nos 12º; 13º; 14º dias de cada período. Este levantamento foi desenvolvido por três duplas de avaliadores treinados que se revesavam a cada duas horas. As informações foram armazenadas em etograma especifico, e posteriormente tabuladas e analisadas. O acompanhamento das atividades dos animais foi realizado com anotações a cada cinco minutos durante as 24:00 h, sendo que, os dias foram divididos em quatro períodos de seis horas (PE1: 6:05 ás 12:00h; PE2 12:05 ás 18:00h; PE3 18:05 ás 24:00h: PE4: 0:05 ás 6:00h). as atividades de interação social de ingestão de alimento, ruminação e ócio foram anotadas e ao final foi feita a totalização das informações por tratamento, dia e período. Os dados foram avaliados por análise de regressão com cinco tratamentos e cinco repetições.
RESULTADOS:
Os parâmetros avaliados foram alimentação, ruminação e ócio. Os tempos desprendidos nos períodos em todos os parâmetros não diferiram entre os tratamentos. Os animais durante os períodos um e dois tiveram um maior tempo de alimentação, que se justifica em função de que nesses períodos era oferecida a alimentação por se tratar de um confinamento. Já nos períodos três e quatro os animais desprenderam maior tempo ruminando, pois nesses períodos não era oferecida a alimentação. Com isso, não houve diferença entre as atividades de alimentação, ruminação e ócio entre os tratamentos. No entanto, houve variação significativa entre os períodos, tendo uma predominância da atividade de ingestão durante os períodos de luz do dia.
CONCLUSÃO:
Os níveis de inclusão de palma forrageira não influenciaram o comportamento ingestivo dos animais. Porém, os períodos e a luminosidade influenciaram este comportamento.

Instituição de Fomento: BNB-Banco do Nordeste
Palavras-chave: alimentação, palma forrageira , ruminação.