Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
G. Ciências Humanas - 5. História - 5. História Econômica
Regionalização da Riqueza no Recôncavo da Bahia: Cachoeira (1837-1889)
Uelton Freitas Rocha 1
Rita de Cássia da Silva Almico 2
1. Graduando do curso de Licenciatura em História da UFRB
2. Prof. Dr.ª - Colegiado de História da UFRB
INTRODUÇÃO:
Este resumo busca apresentar, mais imediatamente, nossa pesquisa, de iniciação científica, que foi desenvolvida nos inventários post-mortem do Arquivo Regional da Cachoeira (ARC), tendo como objetivo maior perceber a dinâmica da riqueza privada na região do Recôncavo da Bahia, entre os anos de 1837/1889. Além disso, discutiremos a composição de uma região complexa, de diversas produções e formações de grupos sociais distintos.
METODOLOGIA:
Para isto, utilizaremos métodos de quantificação e seriação das informações coletadas que estão sendo, previamente, arquivadas em um banco de dados em formato digital. Nosso método de pesquisa segue duas frentes: a primeira é a divisão, para fins de coleta de informações, dos bens alocados nos documentos cartoriais; a segunda, é uma regionalização da riqueza levando em consideração a atividade produtiva da cada local e quais grupos sociais detinham as fortunas destas áreas.
RESULTADOS:
Como resultado pode-se destacar a diversidade da economia regional e dos grupos locais. Percebemos a existência de três áreas principais na região estudada. A primeira seria a cidade de Cachoeira e o Porto de São Félix, zonas por excelência da urbanidade, onde os comerciantes e profissionais liberais se encontram com maior freqüência. As casas de morar, sejam elas de sobrado ou térreas, casas comerciais, e armazéns são os principais bens e há menor presença cativa em relação às outras regiões que apresentaremos em seguida. A outra área da região é a "zona açucareira", representada pelo Iguape, o principal grupo rico é o dos senhores de engenho. A riqueza se derivava da posse cativa, de terras e benfeitorias, pois os engenhos demandavam de uma grande estrutura para o seu funcionamento. A terceira e última área chamamos de "zona diversa", compreende: Conceição da Feira, São Gonçalo dos Campos, Outeiro Redondo, Muritiba, Capoeiruçu, Cruz das Almas e Santo Estevão do Jacuípe. Denominamos de “diversa”, pois se encontra, nesta porção da região, o maior número de atividades produtivas, com destaque para as produções de mandioca e tabaco e a pecuária.
CONCLUSÃO:
Desta maneira, podemos dizer que há uma estrutura diversificada de áreas produtivas nesta região. Produzia-se tanto para o mercado externo, por exemplo, o tabaco e o açúcar. No entanto, é possível perceber produções, com intuito de serem colocadas para um mercado interno, são elas: a mandioca e a pecuária.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Palavras-chave: Riqueza, Cachoeira, Século XIX.