Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
G. Ciências Humanas - 7. Educaçao - 10. Educação Rural
JUVENTUDE NAS ESCOLAS FAMÍLIAS AGRÍCOLA: FORMAÇÃO E PERSPECTIVAS
Georgia Araujo de Oliveira Costa 1
Renata da Silva Carmezin 2
Marta Andreia Pereira de Cerqueira 3
Ludmila Oliveira Holanda Cavalcante 4
1. Graduanda em Pedagogia, Bolsista PIBIC/FAPESB - UEFS
2. Graduanda em Pedagogia, Bolsista PROBIC - UEFS
3. Graduanda em Pedagogia - UEFS
4. Prof.ª Dr.ª- Departamento de Educação - UEFS - Orientadora
INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa situa-se na problemática geral das relações construídas no meio escolar, entre as práticas educativas utilizadas para ensinar e os significados atribuídos pelos sujeitos que aprendem. O universo particular que faz parte do estudo são as Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), que pautam os objetivos de ensino, sua gestão, os instrumentos pedagógicos e os espaços de ensino na Pedagogia da Alternância (PA). A PA é uma práxis pedagógica que visa à formação apropriada ao meio rural, pois possibilita momentos alternados de formação entre escola/família/meio sócio-profissional. Neste sentido exige uma prática educativa diferente da escola convencional, ela possui instrumentos pedagógicos que estabelecem conexões entre os espaços educativos da escola/família/comunidade, visando uma formação integral do estudante para viver nestes espaços. As EFAs que fazem parte desta pesquisa são instituições integrantes da REFAISA (Rede de Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semi Árido). A REFAISA visa à formação de jovens considerando a peculiaridade de viver no/do campo, o que se revela um interessante universo de análise e registro acadêmico. Dessa maneira, o estudo com o foco na juventude rural baiana e sua relação com as maneiras que o rural está educando.
METODOLOGIA:
O trabalho apresentado é fruto do estudo desenvolvido a partir da abordagem qualitativa (LUDKE e ANDRÉ, 1986; OLIVEIRA, 2007) que tem como metodologia, o estudo de caso (YIN, 2005) junto à REFAISA. Visando não perder o foco principal do estudo, foi realizado o aprofundamento de referências bibliográficas sobre o tema, dando suporte teórico e fundamentou as análises realizadas. Concomitantemente aos estudos bibliográficos, iniciou-se o trabalho empírico, viajamos para conhecer o contexto de qual estudamos. Para alcançarmos as respostas da questão da pesquisa, elaboramos os instrumentos de coleta de dados, que serviram para análise. Os instrumentos utilizados para produção dos dados levantados na pesquisa foram a observação indireta, a entrevista semi-estruturada e o grupo focal. Os sujeitos da pesquisa foram 30 jovens, estudantes de duas das quatro EFAs do Ensino Médio da REFAISA que se pretende estudar. A pesquisa encontra-se em andamento, assim estamos apresentando dados parciais.
RESULTADOS:
Os sujeitos de nosso estudo são jovens que estão inseridos no contexto das EFAs, assim, acreditamos que a juventude rural é uma “categoria fluida, imprecisa, variável e extremamente heterogênea” (DURSTON citado por CARNEIRO 2005, 244) e que é construída histórica e socialmente. A análise das narrativas destes revela a existência de uma relação familiar e com a comunidade de caráter diferenciado; a escola delimita um perfil de ressignificação dos jovens frente às suas famílias e contextos comunitários, via seus trabalhos de Alternância, seu diálogo de saberes entre a vida da escola e a vida fora dela. Identificamos que os jovens do EM, buscam uma identidade enquanto sujeitos do rural, suas falas se reportam para a valorização do contexto em que vivem, estudam e atuam, um reconhecimento de que o campo pode ser um lugar de qualidade de vida e que eles são sujeitos ativos neste processo. Para eles, a EFA tem um papel importante nas suas trajetórias e de forma análoga há uma responsabilidade dos mesmos frente a este projeto comunitário. Em muitas narrativas, é percebido a angustia frente à expectativa comunitária e o percurso que tomarão na vida profissional.
CONCLUSÃO:
Os sujeitos de nosso estudo são jovens que estão inseridos no contexto das EFAs, assim, acreditamos que a juventude rural é uma “categoria fluida, imprecisa, variável e extremamente heterogênea” (DURSTON citado por CARNEIRO 2005, 244) e que é construída histórica e socialmente. A análise das narrativas destes revela a existência de uma relação familiar e com a comunidade de caráter diferenciado; a escola delimita um perfil de ressignificação dos jovens frente às suas famílias e contextos comunit
Instituição de Fomento: PIBIC - FAPESB / PROBIC - UEFS
Palavras-chave: jovem do rural, Escola Família Agrícola, Ensino Médio.