Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: A ÓTICA DE ENFERMEIROS E AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE.
Candisse Alves de Almeida 1
Daniela Gomes dos Santos Biscarde 2
1. Graduanda do curso de Enfermagem-Monitora da disciplina Educação em Saúde-UFRB
2. Profª Assistente da Universidade Federal da Bahia- Orientadora
INTRODUÇÃO:
A Educação em Saúde constitui-se como um processo teórico-prático que visa integrar os vários saberes: científicos, popular e do senso comum, possibilitando aos sujeitos envolvidos uma visão critica, uma maior participação responsável e autônoma frente à saúde no cotidiano. (REIS, 2006). Embora cientes da importância da Educação em Saúde, ainda nos deparamos com a fragilidade de concepções e práticas educativas executadas nos serviços de saúde. Assim, é fundamental o envolvimento de graduandos em atividades de ensino, extensão e pesquisa, no sentido de aprofundar a discussão sobre as diversas concepções de Educação em Saúde, o caráter constitutivo da educação no conjunto das práticas de atenção à saúde e a dimensão pedagógica do trabalho do enfermeiro, bem como o desenvolvimento de métodos para a operacionalização de ações educativas. Isto posto, o componente curricular Educação em Saúde, propôs o desenvolvimento de atividades na rede básica de atenção à saúde, objetivando refletir e analisar as concepções de Educação em Saúde, as práticas educativas e as expectativas dos profissionais da atenção básica municipal.
METODOLOGIA:
Como atividades teórico-práticas do projeto: “Concepções e Práticas de Educação em Saúde de profissionais da atenção básica em um município do Recôncavo da Bahia”, inicialmente foi elaborado instrumento de coleta de dados com questões abertas e fechadas, direcionadas aos enfermeiros e agentes comunitários de 14 Equipes de Saúde da Família municipal. Após a aplicação do instrumento pelos graduandos, a análise dos dados foi realizada através da utilização de matrizes contendo as categorias definidas previamente para a análise do conteúdo.
RESULTADOS:
Diante dos relatos de enfermeiros e agentes comunitários de saúde pode-se inferir que suas concepções acerca da Educação em Saúde aproximam-se da abordagem tradicional e por isso concentram as atividades educativas no intuito de passar “informações” para que a comunidade adote hábitos considerados corretos e consiga se “prevenir de doenças”. As ações educativas implementadas por estes profissionais nas Unidades de Saúde da Família (USF) ocorrem, em sua maioria, na sala de espera através de palestras. As principais dificuldades apontadas foram a falta de materias nas USF e a pequena aderência da população a atividades de Educação em Saúde.
CONCLUSÃO:
Há limitação no trabalho educativo dos profissionais de saúde, pois para que ocorra Educação em Saúde a comunicação é imprescindível. O profissional precisa relativizar seus saberes, conhecer a realidade do individuo e percebê-lo em sua subjetividade. Desse modo, é necessária reflexão crítica destes profissionais sobre os limites e potencialidades da sua prática, para então ressignificá-las e superar as lacunas no planejamento e execução de práticas educativas participativas e autonomizadoras.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família, Educação em Saúde, Práticas Educativas.