Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 4. Produção Animal
PRODUÇÃO DE LEITE DE VACAS MESTIÇAS HOLANDÊS vs ZEBU ALIMENTADAS COM DIFERENTES NIVEIS DE PALMA FORRAGEIRA EM SUBSTITUIÇÃO AO MILHO
Emmanuel Emydio Gomes Pinheiro 1
Jair de Araújo Marques 2
Jacqueline Firmino de Sá 3
Fabiano Ferreira da Silva 4
Robério Rodrigues Silva 5
Tiago Oliveira Brandão 6
1. Graduando em Medicina Veterinária - UFRB
2. Prof. Dr. - UFRB
3. Prof.(a) IFBa - Itapetinga/Ba - Doutoranda/UESB
4. Prof. Dr. - UESB
5. Prof. Dr. - UESB
6. Graduando em Medicina Veterinária - UFRB
INTRODUÇÃO:
Introdução
Segundo o MAPA (2008), a produção de leite do Brasil crescerá a taxa anual de 1,90% até 2018, chegando a 33,10 bilhões de litros neste ano. Com esta produção o Brasil permanecerá, pelo menos, na posição atual de quinto maior produtor de leite mundial. Da mesma forma, o consumo crescerá a taxa de 1,80% ao ano no mesmo período atingindo 32,40 bilhões de litros, resultando em um excedente da produção para exportação. A pecuária leiteira nordestina, em sua maioria é desenvolvida em condições de subalimentação e, consequentemente, seus animais não expressam todo o potencial produtivo, porque no período de escassez de alimentos estes são subalimentados, não suprindo as necessidades de mantença e produção. Desta forma, é importante a avaliação dos alimentos disponíveis no semi-árido, utilizados para suprir estas necessidades de alimentação com custos de produção viáveis. A alimentação animal em media é responsável por 70% dos custos de produção, independente do sistema de criação adotado. Objetivou-se avaliar a produção leiteira de vacas mestiças, com alimentação volumosa a base de cana de açúcar e suplementação concentrada com diferentes níveis de inclusão de Palma Forrageira em substituição ao milho.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido na Fazenda Paulistinha, Macarani – BA. Utilizou-se 15 vacas mestiças distribuídas em quadrado latino 5x3, estabuladas por 75 dias. Foram utilizados dez dias para adaptação as dietas e cinco dias para coleta do leite. O alimento volumoso foi fornecido ad libitum, buscando proporcionar sobra de 05% e o concentrado na proporção de 01 kg para 03 kg de leite produzido fornecido no momento da ordenha. A produção foi medida pesando o leite produzido nas duas ordenhas em balança eletrônica, descontando-se o peso do vasilhame. Amostras do leite foram acondicionadas em potes plásticos para posteriores análises dos parâmetros: sais, gordura, densidade, lactose, sólidos totais e proteína bruta, conforme metodologias padrões para estas análises. Os valores obtidos foram analisados através de análise de regressão em função do nível de inclusão da palma forrageira.
RESULTADOS:
Os valores médios encontrados para os parâmetros avaliados foram: Produção (11,18 kg), Sais (0,7%), Gordura (4,04%), Densidade (1031g/ml), Lactose (5,06%), Sólidos Totais (12,28%) e Proteína Bruta (3,18%), uma vez que não houve diferença significativa entre os tratamentos, podendo-se afirmar que os níveis de 15%, 30% 45% e 60% são semelhantes aos valores obtidos com a dieta padrão, ou seja, utilizando milho como fonte energética.Estes valores supracitados estão de acordo com os valores encontrados na literatura. Assim, dependendo do valor e da disponibilidade deste produto regional, recomenda-se a utilização do mesmo na alimentação de vacas em lactação, como fonte energética.
CONCLUSÃO:
A palma forrageira pode substituir o milho em até 60% sem alterar a produção e demais parâmetros de interesse comercial do leite.
Instituição de Fomento: Banco Nacional do Brasil
Palavras-chave: lactose, leite, palma forrageira.