Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenhar - 1. Aqüicultura
ENSAIO TOXICOLÓGICO COM EXTRATO AQUOSO DE AMENDOEIRA (Terminalia catappa L.) E DE ALHO (Allium sativum L.) PARA O MATO-GROSSO, Hyphessobrycon eques(Steindachner, 1882)
Pedro Gusmão Borges Neto 1
Washington Tavechio 1
Gislaine Guidelli 1
Leandro Portz 2
1. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
2. Universidade Federal do Paraná
INTRODUÇÃO:
O mato grosso (H. eques) é um peixe ornamental nativo de hábito alimentar onívoro, comportamento pacifico e gregário sendo encontrado desde a Amazônia até o Paraná Médio. Seu cultivo consiste em atividade rentável e promissora. Para isso são necessárias condições adequadas tais como nutrição e controle de doenças que normalmente levam a perdas econômicas. Extratos naturais de plantas são utilizados para diversos fins terapêuticos. Em piscicultura são adicionados na ração como imunoestimulantes e no controle e profilaxia de parasitos, muito embora não se saiba dos efeitos tóxicos que produzem à biota aquática
METODOLOGIA:
Este trabalho visou determinar a toxicidade, por meio da CL50 - 96h, dos extratos aquosos de amendoeira e alho para o mato-grosso. Os extratos foram obtidos mergulhando-se a folha seca da amendoeira e o bulbilho do alho amassado em água destilada, por 24 horas e filtrados em papel filtro. Os peixes foram aclimatados e a alimentação foi interrompida 24 horas antes dos experimentos. Os experimentos consistiram em um controle e cinco tratamentos para amendoeira nas concentrações 0, 300, 400, 500, 600 e 700 mg/L e para alho, concentrações de 0, 100, 200, 300, 400 e 600 mg/L mantidos em sistema estático.
RESULTADOS:
A média da CL50 - 96h da amendoeira foi de 484,28 mg/L e do alho foi de 355,78 mg/L. Durante os ensaios, os peixes apresentaram comportamento agitado, aumento da ventilação branquial através do aumento da frequência dos batimentos operculares, natação descoordenada e lenta, representando o desconforto ao ambiente experimental. Os valores de concentração letal dos extratos aquosos determinados para o mato-grosso podem ser classificados como praticamente não tóxico (CL50 > 100 mg/L) de acordo com a classificação de Zucker, 1985.
CONCLUSÃO:
Desta forma, os extratos aquosos de amendoeira e de alho podem ser utilizados no controle de parasitas em piscicultura ornamental para a espécie estudada.
Instituição de Fomento: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Palavras-chave: Mato-gosso, Toxicidade, Extrato aquoso vegetal.