Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 4. Enfermagem Obstétrica
Motivação para o aleitamento materno
Daiany Souza de Jesus 1
Fabíola Marinho 2
1. Discente - UFRB - CCS - Autora
2. Prof.ª Ms.ª - UFRB - CCS - Orientadora
INTRODUÇÃO:
O termo motivação é bastante utilizado no nosso dia-a-dia. Ele está ligado aos nossos comportamentos, e pode interferir diretamente nas metas que buscamos em nossas vidas, na qualidade do nosso desempenho e no nosso bem-estar. Já se sabe que o aleitamento materno é fundamental e indispensável para o bebê, e traz benefícios tanto para a mãe quanto para o seu filho. A amamentação é uma prática largamente defendida pelos obstetras e pediatras, eles afirmam que o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses é o suficiente para satisfazer as necessidades básicas de alimentação do bebê, já que o leite materno é um alimento completo e fornece todos os nutrientes que ele precisa. É a partir do aleitamento materno que se forma o vínculo mãe-bebê, tão fundamental para um desenvolvimento saudável e o bem estar físico e mental da criança. São muitos os fatores que podem motivar a mulher a amamentar seu filho, e estes envolvem as necessidades fisiológicas, necessidades psicológicas, necessidades sociais, eventos internos e eventos externos.O objetivo deste trabalho é abordar os fatores motivacionais que levam a mãe a realizar o aleitamento do seu filho.
METODOLOGIA:
Os dados foram obtidos por meio de entrevista semi-estruturada realizada com 15 mulheres da cidade de Amargosa, e a entrevista foi feita em diferentes locais, sendo que já havia sido feita uma escolha prévia das participantes. Todas elas já tinham filhos e haviam amamentado. A pergunta principal era a seguinte: “O que motivou você a amamentar eu filho(a)?” Antes da entrevista havia uma conversa coma participante levantando questões sobre o contexto em que ela vive, e o histórico da sua gravidez e parto. As entrevistas ocorreram de forma tranqüila e deram foram obtidos resultados satisfatórios.
RESULTADOS:

Todas as mulheres afirmaram que a amamentação era algo indispensável, pré-estabelecido. Elas disseram ter sido orientadas e preparadas desde o pré-natal para a amamentação. Além disso, salientaram a importância do aleitamento materno, que para elas trazia benefício para ambos na díade mãe-bebê. Para elas é um momento mágico onde elas se sentem realizadas e mais próximas dos seus filhos, podendo criar um vínculo perfeito com eles. Apesar de todas elas terem amamentado seus filhos por mais de 6 meses, duas delas inseriram outros alimentos antes dessa idade, afirmando que não acreditavam que o leite materno era o suficiente para alimentar seu bebê, e que seu choro era indicativo de fome. A maioria das entrevistadas amamentou seus filhos até um ano de idade, uma delas até 6 meses, e outra até um ano e sete meses. Nesse sentido, se pode concluir que a orientação sobre os benefícios da amamentação durante a gravidez e a vontade de satisfazer seus desejos de mãe-mulher, foram imprescindíveis para a prática do aleitamento.
CONCLUSÃO:
Em suma, a amamentação deve ser uma decisão da mulher, que será influenciada por motivos internos e eventos externos. O contexto em que essa mãe está inserida exerce papel fundamental, podendo incliná-la tanto para o aleitamento materno, quanto para a não realização dele. Mães que são mais motivadas para o aleitamento vêem isso como algo prazeroso e satisfatório, enquanto outras que não são devidamente orientadas vêem como algo incômodo, e não realizam ou reduzem o tempo de amamentação adequado.
Palavras-chave: amamentação, motivos internos, eventos externos.