Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde de Populações Especiais
Prevenção da Violência e Promoção da Cultura da Paz: unindo forças com Professores de uma Escola Pública de Feira de Santana-BA.
Dayse Mota Rosa Pinto FADBA
Daniel Deivson Alves Portella FADBA
Edna Maria de Araújo UEFS
Luciana de Araújo UEFS
Roberto Ferreira de Oliveira UEFS
Urânia do Carmo Rodrigues UEFS
INTRODUÇÃO:
A violência na adolescência e juventude tem se refletido no crescente aumento das taxas de morbimortalidade no Brasil, sendo essa evidência mostrada nos altos índices de vitimização de adolescentes e jovens, principalmente do sexo masculino no grupo etário entre 15 e 29 anos. A escola ao invés de ser um lugar seguro e de integração social, de socialização e de resguardo, vem se tornando um cenário de ocorrências violentas, tanto físicas quanto simbólicas. A realização de uma intervenção organizada surgiu da demanda de uma escola da rede pública de Feira de Santana, que vem sendo potencial cenário de práticas de violência.
METODOLOGIA:
Tem sido feita a sensibilização com os professores, que objetiva incluir no planejamento pedagógico da escola a temática da prevenção à violência e promoção da cultura da paz e capacitá-los para melhor lidarem com a violência em sala de aula. A primeira etapa se constituiu em uma dinâmica, em que os professores foram agrupados segundo a área de atuação para discutirem como poderiam incluir o tema na sua disciplina. Após socialização das respostas foram expostas em slides, algumas propostas de atividades, extraídas do banco de publicações do Ministério da Educação e do texto “Programa Escolares”. Depois, foi entregue a um representante do corpo docente da escola um documento, contendo as propostas discutidas na reunião. A discussão sobre o tema “Indisciplina” foi a segunda etapa, em um encontro na escola que contou com a participação de um profissional mestre em Psicologia Social e da Personalidade. A terceira foi a realização de uma oficina de cultura de paz.
RESULTADOS:
Inicialmente houve resistência de alguns professores em alterar o cronograma padrão, pois acharam difícil envolver os alunos nas atividades, já que muitos deles já presenciavam cotidianamente situações de violência. Os impactos percebidos após as intervenções foram: melhora da relação entre professores e alunos, diminuição do número de advertências e suspensões e maior engajamento de professores com as atividades do projeto. Entende-se que medidas como essas devem ter continuidade e ser avaliadas na perspectiva de aplicação em outras escolas com vistas à mudança dos rumos da educação, responsabilização social, diminuição do problema da violência entre jovens e promoção de uma cultura de paz.
CONCLUSÃO:
Diante dos resultados observados, entende-se que medidas como essas devem ter continuidade e ser avaliadas na perspectiva de aplicação em outras escolas com vistas à mudança dos rumos da educação, responsabilização social, diminuição do problema da violência entre jovens e promoção de uma cultura de paz, representando um caminho de avanços frente a problemática apresentada.
Instituição de Fomento: FAPESB
Palavras-chave: violência escolar, cultura de paz, tecnologias sociais.