Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade
Certificação de citros na Bahia para presença de doenças e patógenos sistêmicos
Marcela Fonseca Souza 1
Cristiane de Jesus Barbosa 2
Almir Santos Rodrigues 3
Camila Fonseca Lopes Brandão 4
1. Bolsista AT1-FAPESB/EBDA
2. Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical e da EBDA
3. Bolsista de Apoio técnico do CNPq/EBDA
4. Bolsista ITEC2-FAPESB/EBDA
INTRODUÇÃO:
O Brasil é o maior produtor mundial de citros e São Paulo e Bahia são os maiores produtores nacionais. O manejo de doenças é o principal responsável pelo incremento dos custos de produção. A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em parceria com a EBDA (Laboratório de Fitopatologia), é a responsável pela distribuição de material propagativo de citros na Bahia, livre de patógenos sistêmicos. Para garantir a sanidade destes materiais é necessário avaliar periodicamente a presença de patógenos e sintomas de doenças nas plantas consideradas básicas para o fornecimento de borbulhas. Neste trabalho são apresentados os resultados do monitoramento de doenças e de Xylella fastidiosa, patógeno sistêmico causador da clorose variegada dos citros, em plantas básicas da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical e Embrapa Semiárido.
METODOLOGIA:
O monitoramento de doenças e patógenos foi realizado em plantas básicas de citros da Embrapa estabelecidas em três diferentes regiões da Bahia (Recôncavo Sul, Chapada Diamantina e Semiárido), além do Semiárido de Pernambuco.
Foi avaliada a presença de sintomas de huanglongbing, leprose, cancro cítrico, clorose variegada, clorose zonada, morte súbita, tristeza severa, do descamamento tipo Bahia bark scaling, do declínio e aqueles causados por viróides. A avaliação da presença e severidade de sintomas de caneluras de tristeza, causado pelo Citrus tristeza vírus (CTV) e descamamento eruptivo foram avaliadas por meio de escala de notas. Amostras também foram coletadas das plantas básicas estabelecidas para avaliar a presença de X. fastidiosa via PCR. A purificação do DNA total foi realizada de fragmentos da nervura central e pecíolo das folhas. A reação foi conduzida com os primers RST 31/33, utilizando-se controle positivo de plantas infectadas.
RESULTADOS:
Em nenhuma das regiões foram observados sintomas de HLB, CVC, morte súbita, leprose, pinta preta, cancro cítrico ou declínio e as plantas não se mostraram infectadas por X. fastidiosa. As plantas na Chapada Diamantina apresentaram caneluras mais severas, principalmente nos clones de Laranjas ´Pêra` premunizadas, lima ácida ´Tahiti`, laranjas ´Rubi`, ´Westin` e Valência ´Montemorelos`. As mesmas plantas estabelecidas no Recôncavo Sul e Vale do São Francisco não apresentaram caneluras ou estas foram menos severas.
Poucas plantas mostraram sintomas parecidos com o descamamento eruptivo nas três regiões avaliadas, com exceção da região Recôncavo Sul, que foi a região que apresentou um maior número de plantas com sintomas. Foi somente nesta região que se observaram sintomas de clorose zonada em algumas das plantas monitoradas. Não foi detectada a bactéria X. fastidiosa, por meio de PCR, em nenhuma das plantas básicas avaliadas.
CONCLUSÃO:

As plantas básicas de citros da Embrapa estão livre de sintomas de huanglongbing, leprose, cancro cítrico, clorose variegada dos citrus, clorose zonada, morte súbita, declínio e àqueles causados por viróides.
Algumas plantas básicas apresentaram sintomas mais acentuados de tristeza, principalmente na região da Chapada Diamantina.
A região do Recôncavo Sul foi a que apresentou maiores problemas com o descamamento eruptivo.
Instituição de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa na Bahia
Palavras-chave: viróides, monitoramento