Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenhar - 4. Conservação da Natureza
DIAGNÓSTICO DE ÁREA DEGRADADA NO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS
Simara Lobo de Melo 1
Nina Beatriz de Paula Fernandes 2
Zenite da Silva Carvalho 3
Driele Ferreira de Oliveira 4
Ramona Conceição Moreira de Azevedo 5
Lidiane Mendes Kruschewsky Lordelo 6
1. Universidade Ferderal do Recôncavo da Bahia, graduanda em Engrenharia Sanitária
2. Universidade Ferderal do Recôncavo da Bahia, graduanda em Engrenharia Sanitária
3. Universidade Ferderal do Recôncavo da Bahia, graduanda em Engrenharia Sanitária
4. Universidade Ferderal do Recôncavo da Bahia, graduanda em Engrenharia Sanitária
5. Universidade Ferderal do Recôncavo da Bahia, graduanda em Engrenharia Sanitária
6. Profª. Msª. do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da UFRB, Orientadora
INTRODUÇÃO:
A degradação de uma área ocorre quando se modifica suas características físicas, químicas e biológicas, fazendo com que os recursos naturais sejam reduzidos e/ou eliminados. Ou seja, a degradação envolve a redução dos potencias dos recursos renováveis por uma combinação de processos agindo sobre a terra (ARAUJO et al, 2009). A degradação pode acontecer por processos naturais, ocorrendo de maneira lenta ou por ação humana, sendo de forma rápida. Segundo Araujo, pode ocorrer diretamente sobre o terreno ou indiretamente em razão das mudanças climáticas adversas induzidas pelo homem.
O Projeto de Recuperação de Área Degradada em uma área da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde estão localizadas nascentes do rio Capivari. A proposta do projeto é melhorar a área degradada através do plantio de vegetação nativa, buscando uma harmonia entre o ambiente nativo e a ocupação humana existente. A preocupação em recompor a área está ligada a fatores como a preservação da paisagem natural, a conservação da fauna e da flora, a contenção da erosão, melhora da qualidade das águas nas nascentes e o cumprimento da legislação ambiental. As nascentes estudadas estão degradadas por fatores como a ocupação humana, retirada da vegetação nativa e agricultura.
METODOLOGIA:
O trabalho previu identificar os problemas e como foram causados e propor medidas de melhoramento, tecnicamente e comportamental. Para facilitar o estudo, a área de estudo foi dividida em duas partes, (A e B). Nessas áreas, foi realizado um diagnóstico visual por meio de uma ficha de avaliação, identificando os processos de degradação, os indicadores de áreas degradadas, os fatores facilitadores e diretos para ocorrência de degradação. Foi aplicado um questionário nas residências e na sede do Projeto Volta Terra, existentes na área “B”. A elaboração do questionário foi baseada em assuntos relacionados com a área do saneamento ambiental, irrigação e uso de fertilizantes/agrotóxicos. Os dados levantados na visita de campo, e na aplicação dos questionários foram cruzados e colocados em planilha permitindo um embasamento para propor as medidas corretivas para mitigar os problemas encontrados.
RESULTADOS:
Toda a população que habita a área consome água de poço, pois não possuem abastecimento de água potável e lançam seus esgotos do banheiro em fossa séptica. Sobre os efluentes de cozinha e área de serviço, 50% das casas laçam em fossa séptica e 50% despejam no solo. Em nenhum caso existe coleta de esgoto por sistema de esgotamento sanitário. Entre as atividades desenvolvidas, predomina a agricultura de subsistência, ocorrendo em 75% dos domicílios. Encontra-se também a criação de animais, em parte das casas.
Além do questionário visualizaram-se alguns indicadores da área degradada: feições erosivas de pequeno porte (sulcos e ravinas), compactação e adensamento do solo, escoamento de águas superficiais, deposição de sedimentos e partículas e colmatação do solo. Estas degradações foram ocasionadas por ocupação humana, e suas ações evidenciadas no questionário, como agricultura e pecuária, desmatamento, talude de corte (estrada que dá acesso a área, remoção da cobertura vegetal para o cultivo, uso de máquinas, condução de gado, entrada excessiva de água/drenagem insuficiente, uso de estrume, depósito de efluentes no solo ou em fossas, possivelmente mal estruturadas.
CONCLUSÃO:
Para a reabilitação da área deve-se fazer uma aragem profunda do solo, para uma posterior revegetação; controlar erosão através da construção de bacias de contenção e barramentos ou usos de equipamentos de condução hidráulica em sistemas difusos, adequando o sistema de drenagem da área de estudo; evitar trabalhos de movimentação de massa; proteger áreas limpas com cobertura morta; propor medidas estruturantes de saneamento ambiental e propor um trabalho de conscientização ecológica.
Palavras-chave: Degradação, Recuperação Ambiental, Preservação.