Reunião Regional da SBPC no Recôncavo da Bahia
E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenhar - 1. Aqüicultura
DETERMINAÇÃO DA TOXICIDADE DOS EXTRATOS AQUOSOS DE AMENDOEIRA (Terminallia catappa L.) E DE ALHO (Allium sativum L.) SOBRE A ESPÉCIE DE PEIXE ORNAMENTAL ACARÁ-BANDEIRA (Pterophylum scalare, LICHTENSTEIN, 1823)
Miguel Augusto Mar Dantas de Ferreira Gomes 1
Gislaine Guidelli 1
Washington Tavechio 1
Lenadro Porz 2
1. Uniersidade Federal do Recôncavo da Bahia
2. Uniersidade Federal do Paraná
INTRODUÇÃO:
O comércio de peixes ornamentais é uma atividade que movimenta milhões de dólares em todo o mundo. O Brasil é um dos principais países fornecedores de peixes ornamentais tropicais para o mercado externo. Para que a atividade cresça e se consolide é preciso investir na geração de tecnologias de cultivo e de controle e tratamento de doenças parasitárias que são um dos fatores limitantes da atividade. Na tentativa de desenvolver diferentes formas de manejo para o controle e prevenção de parasitos, o uso de produtos alternativos como plantas medicinais na profilaxia e no combate às parasitoses de peixes ornamentais é útil e insipiente. Esses produtos podem apresentar efeitos tóxicos sobre os organismos aquáticos cultiváveis. Portanto o presente trabalho teve como objetivo determinar a toxicidade de extratos de amendoeira (Terminallia catappa) e de alho (Allium sativum) sobre a espécie de peixe ornamental Acará-Bandeira (Pterophylum scalare, Lichtenstein, 1823) determinando através da CL50 96 horas, o potencial tóxico para espécie.
METODOLOGIA:
Os experimentos consistiram em um controle e cinco tratamentos para amendoeira nas concentrações 0, 200, 300, 400, 600 e 800 mg/L e para alho, nas concentrações 0, 300, 400, 500, 600 e 700 mg/L. Os peixes foram mantidos em sistema estático e avaliada mortalidade e as reações adversas.
RESULTADOS:
Os resultados da CL50 96h média do extrato aquoso de amendoeira foi de 634,02 mg/L e do alho foi de 575,08 mg/L. Durante os ensaios, os peixes apresentaram agitação, aumento dos batimentos operculares, natação errática e comportamento lento. Os valores de concentração letal dos extratos aquosos determinados para o acará-bandeira podem ser classificados como praticamente não tóxico (CL50 > 100 mg/L) de acordo com a classificação de Zucker, 1985.
CONCLUSÃO:
Desta forma, os extratos aquosos de amendoeira e de alho podem ser utilizados para fins terapêuticos em piscicultura ornamental por serem pouco tóxicos à espécie alvo.
Palavras-chave: Acará-bandeira, Toxicidade, Extrato aquoso vegetal.