(Agência SBPC) -    Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) vai investir R$ 360  milhões na melhoria da infraestrutura física de pesquisa de 119  instituições públicas de ensino superior de todo o País. Esse é o  resultado da última Chamada Pública do Programa de Infraestrutura  (Proinfa), anunciado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio  Rezende, em conferência na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira  para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus (AM).
                        
                      Este é o  maior volume de recursos disponibilizado pelo programa que, de 2001 a  2007, investiu R$ 819,7 milhões no setor. Desse total, que vai apoiar  345 projetos de criação, modernização e recuperação de laboratórios de  pesquisa, 36% serão destinados às regiões Norte, Nordeste e  Centro-Oeste. Os R$ 360 milhões do edital são do Fundo Setorial  CT-Infra e serão usados, basicamente, para pagamento de despesas com  obras e aquisição de equipamentos. A liberação do financiamento  acontece no decorrer de três anos, a partir de 2009. 
                      
                        Ao  todo, 160 instituições apresentaram propostas à Chamada Pública,  lançada em novembro de 2008, mas apenas 119 foram qualificadas. Segundo  o presidente da Finep, Luis Fernandes, o Proinfra se consolida agora  como uma fonte segura e contínua de recursos para o setor. Desde 2001,  os editais do programa são lançados sempre nos meses finais do ano. Em  2007, a Finep lançou uma chamada pública do Proinfra no valor de R$ 160  milhões. Em 2005, foram R$ 150 milhões destinados à infraestrutura de  pesquisa. “Esta regularidade permite que as universidades planejem os  investimentos na melhoria da qualidade da pesquisa”, afirma Fernandes.
                        
                        O  Centro de Ensino e Pesquisa em Ciências da Antártica e Mudanças do  Clima, criado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é  um exemplo de projeto apoiado pelo Proinfra. Trata-se do primeiro  centro na América do Sul voltado para o ensino e pesquisa dos processos  atmosféricos.
                        
                        Os recursos do programa possibilitaram  também a criação do Núcleo de Pesquisa em Inovação Terapêutica ,  desenvolvido pelo Núcleo de pesquisa em Inovação da Universidade  Federal de Pernambuco (UFPE). Nesse caso, foi construído um espaço que  reúne hoje pesquisadores do setor de insumos estratégicos para a saúde,  com ênfase em fármacos e medicamentos, como antiinflamatórios,  antidiabéticos e anti-hipertensivos.
                        
                        Na Região Norte, o  estado do Amazonas teve quatro projetos aprovados no valor total de R$  13,2 milhões. Os recursos serão aplicados na melhoria da infraestrutura  de pesquisa da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), da  Fundação Universidade do Amazonas, do Centro Federal de Educação  Tecnológica do Amazonas e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de  proteção da Amazônia.
                        
                        
                        Da assessoria de comunicação do MCT