(Agência SBPC) – O Museu da  Amazônia (Musa), a ser instalado na Reserva Ducke, área de 10 mil  metros quadrados pertencente ao Instituto Nacional de Pesquisas da  Amazônia (Inpa), em Manaus, segue seu trabalho para ser inaugurado em  março de 2010.
                                                      Na última quarta-feira, dia 15, foi assinado convênio  entre o museu e a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento  Econômico do Amazonas, no estande do Musa na ExpoT&C, feira de  exposições paralela à Reunião Anual da SBPC. O convênio envolve cerca  de R$ 200 mil, para manter a estrutura da exposição do museu  apresentada no evento, que termina nesta sexta-feira.
                                                      
                                                      Mais importante foi o protocolo de intenções de colaboração para  instalação do museu, assinado pelo ministro da Ciência e Tecnologia,  Sergio Rezende, e o governador do Amazonas, Eduardo Braga. Segundo Rita  Mesquita, diretora adjunta do Musa, embora o protocolo possa incluir  aporte de recursos federais, seu ponto mais importante é a cessão da  área pertencente ao Inpa para instalar o museu. Com a liberação da  área, começam as obras. 
                                                      
                                                      A construção da primeira fase do projeto está garantida por  dotação orçamentária de R$ 12 milhões repassada pelo governo do  Amazonas. De acordo com Rita, o projeto prevê a inauguração e a  abertura do Musa ao público logo após a primeira fase do projeto, que  inclui um aquário de água doce.
                                                      
                                                      Fundado em janeiro deste ano como uma associação civil de  direito privado e sem fins lucrativos, o Musa se apresenta como um  espaço “para estudar, representar, e conhecer a diversidade ambiental e  cultural da Amazônia”. Além de ser voltado para divulgação científica e  educação, ele terá também o papel de facilitar pesquisas, por meio de  parcerias com universidades e institutos – o museu em si não terá  pesquisadores.
                                                      
                                                      “O museu quer ser um facilitador de pesquisas de outras  instituições. É para isso que estamos estabelecendo parcerias. Por  exemplo, se nós construirmos uma passarela no dossel da floresta e essa  passarela for de interesse dos pesquisadores, será perfeito”, explicou  Rita.
                                                      Enquanto as obras físicas do museu não começam, a associação  civil segue seu rumo para consolidar-se institucionalmente. De 31 de  julho a 10 de agosto, ocorrerão as eleições para sete vagas do Conselho  de Administração do Musa – a votação será eletrônica, no site www.museudaamazonia.org.br.  O conselho é formado por 11 membros, mas quatro são permanentes. Depois  de composto integralmente, o órgão dará posse à diretoria geral.  Atualmente, ele é dirigido por uma diretoria pro tempore. Presidente de  honra da SBPC, Ennio Candotti é o atual diretor executivo do Musa.
                                                      
                                                      
                                                      Por Vinicius Neder, do Jornal da Ciência, para a Agência SBPC.