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 Press-releases

     

Pesquisas em genômica ganham projeção na Amazônia


Criação da Rede Bionorte deve impulsionar número de trabalhos na área, dizem pesquisadores da região. Assunto será debatido na 61ª. Reunião da SBPC.


Primeiro foi o guaraná, o fruto símbolo da floresta amazônica. Depois, uma bactéria presente em uma diversidade de ecossistemas em regiões tropicais e subtropicais, como a Amazônia brasileira, onde é encontrada em abundância, entre outros ambientes, nas águas e bancos de areia do Rio Negro. Mais recentemente, pesquisadores da região começaram a estudar o genoma – conjunto de genes - e a proteômica – grupo de proteínas - de peixes típicos amazonenses. As avaliações desses projetos iniciais e as perspectivas de pesquisas locais nesta área serão apresentadas na conferência “Genômica na Amazônia”, que será realizada no dia 17 de julho, às 10h30, durante a 61ª Reunião Anual da SBPC - evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realiza de 12 a 17 de julho em Manaus (AM).

Em 2002, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade Federal do Pará (UFPA), juntamente com outros nove centros de pesquisa da região norte do País, formaram a Rede Amazônia Legal de Pesquisas Genômicas (Realgene). O primeiro projeto realizado pelo grupo de pesquisadores da Rede, concluído após quatro anos, foi o sequenciamento do genoma do guaraná, cujos resultados foram divulgados no início do ano passado em uma revista científica internacional de alto impacto na área.

Paralelamente a esse trabalho, diversos grupos de pesquisa em genômica na região amazônica participaram do projeto “Genoma Brasileiro”, criado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) em 2000, e que inicialmente sequenciou todo o conjunto de genes do microrganismo Chromobacterium violaceum . De grande interesse biotecnólogico, o pigmento produzido por essa bactéria – a violaceína, que lhe confere o nome e a cor violácea característica – demonstra diversas atividades antimicrobianas e fungicidas. Além disso, também tem potencial para a produção de polímeros plásticos biodegradáveis, que podem ter aplicações nas áreas médica e industrial, entre outras.

Novo projeto – Um dos mais novos projetos finalizados pelos pesquisadores da região amazonense foi a análise da genômica e a proteômica das espécies de peixes tambaqui, pirarucu, tucunaré e matrinxã. Integrante do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), o estudo, iniciado em 2007, possibilitou desvendar vias metabólicas – séries de reações químicas que ocorrem em cadeia nas células – para induzir hormônios próprios do pirarucu responsáveis por sua reprodução, e também reconhecer os mecanismos de resistência dessas espécies de peixes. O que pode facilitar a criação e a reprodução deles em cativeiro.

“Essa atividade – a piscicultura - é muito recente na Amazônia. E, mesmo já contando com algum suporte tecnológico, ainda é muito incipiente e baseada no método de tentativa e erro”, conta um dos pesquisadores participantes do estudo, o professor adjunto do Centro Universitário Nilton Lins (Uniniltonlins), Sérgio Ricardo Nozawa.

De acordo com o pesquisador, outros resultados da pesquisa foram o isolamento e caracterização de peptídeos microbianos, de interesse da indústria farmacêutica, nesses peixes, e a descoberta de que o tambaqui apresenta genes inativos para ômega 3 e 6. “Agora, nós pretendemos desenvolver uma projeto para melhorar a quantidade destes ácidos graxos nestes peixes”, revela Nozawa.

O pesquisador estima que a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal (Bionorte), criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) no final do ano passado, deve impulsionar as pesquisas em genômica na região não só de peixes, mas também de outros organismos presentes no bioma amazonense, como plantas e microrganismos. “Com o auxílio de ferramentas da bioinformática e com o início dos projetos dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o avanço em genômica e proteômica aqui na região será enorme”, avalia.

Serviço: A palestra do bioquímico Sérgio Ricardo Nozawa acontecerá no dia 17 de julho, às 10h30, durante a 61ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada a partir do dia 12 em Manaus (AM), no campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O evento, cujo tema é “Amazônia: Ciência e Cultura”, contará com 175 atividades, entre conferências, simpósios, mesas-redondas, grupos de trabalho, encontros e sessões especiais, além de apresentação de trabalhos científicos e minicursos. Veja a programação em www.sbpcnet.org.br/manaus .

 

 

 

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