REALIZAÇÃO

Newsletter Dia 28

Mais de R$ 350 mil para o Programa Latino-Americano de Física

Por Evanildo da Silveira

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) deve liberar no próximo mês pelo menos R$ 350 mil para o Programa Latino-Americano de Física, coordenado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e com a participação de suas congêneres dos demais países da América Latina. O anúncio foi feito pelo chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCT, José Monserrat Filho, na mesa-redonda que discutiu o programa, ontem (27/7), durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, que se realiza em Natal até sexta-feira, dia 31.

Segundo o presidente da SBF, Celso Pinto de Melo, que coordenou a mesa, o objetivo principal do programa é a integração das comunidades de Física do continente. O início do processo para isso foi a realização, nos dias 25 e 26 de fevereiro deste ano, em Brasília, do primeiro encontro das sociedades de Física da América Latina, que contou com o apoio, além do MCT e da SBF, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). “Com a participação de representantes de 12 países, durante os dois dias de debates foram discutidas diversas maneiras de incrementar a cooperação entre as diferentes comunidades de Física da região”, contou Melo.

De acordo com o presidente da SBF, ao final da reunião ficou aprovada a ideia da continuidade dos esforços de integração das sociedades de Física da América Latina. “Dentre as diversas resoluções tomadas, a mais importante diz respeito à elaboração conjunta do programa, após o que as sociedades de Física presentes ao encontro de Brasília deverão encaminhar solicitação de apoio e alocação recursos pelos seus respectivos governos”, disse Melo.

As atividades desse Programa deverão ser desenvolvidas em colaboração com o Centro Latino-Americano de Física (CLAF). Entre elas, estão o oferecimento de escolas de pós-graduação, workshops temáticos, cursos de nivelamento, apoio ao estabelecimento de novos programas de pós-graduação, além de favorecer a mobilidade acadêmica de alunos e pesquisadores de Física da América Latina.
O ex-presidente da SBF, Adalberto Fazzio, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, que participou da mesa-redonda, disse que as assimetrias entre as sociedades de Física dos diversos países deverão ser levadas em conta na implantação do Programa. “Em muitos países ela ainda é insipiente”, disse. “Em alguns, as sociedades de Física não representam toda a comunidade de físicos. Nesse sentido a SBF é diferente. Ela de fato representa os físicos do país e, por isso, suas manifestações têm peso.”

Também participou da mesa o presidente da Associação Física Argentina (AFA), Francisco Tamarit, que tem forte ligação com o Brasil, onde fez o doutorado e morou por 10 anos. Apesar disso, reclamou do esboço inicial do programa. “Parece um programa brasileiro, ao qual os outros países devem enviar suas propostas”, disse. De qualquer forma ele considera importante esse tipo de iniciativa, pois incentiva a integração entre os países da região. “Nossos sistemas científicos foram feitos olhando para o Norte”, explicou. “Precisamos de mais integração Sul-Sul.”

 

 

 

 

Press-release
Credenciamento de Jornalistas
Atendimento à Imprensa
Agência SBPC
 



 

   
SBPC © 2009 | Todos os direitos reservados | HOME | SOBRE A REUNIÃO | INSCRIÇÃO | ATIVIDADES | NOVIDADES | ASSOCIE-SE | SALA DE IMPRENSA | PERGUNTAS FREQUENTES |