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Home / A SBPC / Histórico Presidentes de Honra (Ex-presidentes da SBPC)

O título de Presidente de Honra é concedido pela SBPC, por meio de seu Conselho,  a pessoas de notável saber que hajam prestado relevantes serviços à causa da Ciência.

 

Anísio Spínola Teixeira (1900-1971)

Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil.

Aziz Ab'Saber (1924-2012)

Foi um dos geógrafos mais respeitados do País. Autor de estudos e teorias fundamentais para o conhecimento dos aspectos naturais do Brasil, desenvolveu ao longo de sua extensa carreira de cientista centenas de pesquisas e tratados de significativa relevância internacional nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia e geografia. Era Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e professor honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade. Embora aposentado compulsoriamente no final do século XX, manteve-se em atividade até o fim da vida.

Carolina Martuscelli Bori (1924-2004)

Graduou-se em pedagogia pela USP em 1947 e se especializou em psicologia educacional pela mesma universidade em 1948. Fez mestrado em 1952 na New School For Social Research NSSR, Nova York, Estados Unidos. Doutorou-se em psicologia pela USP em 1954, orientada por Annita de Castilho e Marcondes Cabral, com a tese Experimentos de Interrupção de Tarefas e a Teoria de Motivação de Kurt Lewin. Dentre as importantes contribuições de Carolina Bori está sua luta para melhorar a formação profissional dos psicólogos no Brasil.

Crodowaldo Pavan (1929-2009)

Um dos primeiros brasileiros dedicados aos estudos de genética, Pavan realizou pesquisas que o tornaram reconhecido internacionalmente. Sua equipe derrubou, por exemplo, a teoria da constância do DNA. Nessa teoria, acreditava-se que todas as células tinham a mesma quantidade de material genético e só se diferenciavam por influência do meio. A hipótese de Pavan de que poderia haver alterações no número de genes dentro do cromossomo com o desenvolvimento do animal levou oito anos para ser aceita pela comunidade científica. Dedicado à pesquisa experimental, fundou um laboratório de citogenética no Laboratório Nacional de Oak Ridge no Tennessee (EUA) e também foi professor no exterior. Apesar da declarada aversão a funções burocráticas, Pavan incentivou a ciência brasileira ao presidir diversas entidades.

Ennio Candotti (1942)

Graduado em Física pela USP (1964) e pela Università degli studi di Napoli (1972), é coordenador geral do projeto do Museu da Amazônia (MUSA). Participou da criação de “Ciência Hoje” e “Ciência Hoje das Crianças” e da “Ciência Hoy” da Argentina. Foi editor de “Ciência Hoje” de 1982 a 1996. Foi presidente da SBPC (1989-1991, 1991-1993, 2003-2005, 2005-2007).

Francisco João Maffei (1899-1968)

Engenheiro químico, professor e pesquisador, foi ativo e infatigável na busca pelo desenvolvimento de pesquisas no país. Na USP, Maffei foi professor, diretor da Escola Politécnica e vice-reitor da universidade entre 1959 e 1962. A partir do final da década de 40, fomentou inovações à pesquisa sistemática em Engenharia Química na instituição. Foi o grande incentivador da criação do Departamento de Química, instituído em 1955 na USP, e criou o curso de Engenharia Naval sob sua direção. Deu suporte técnico às indústrias que estavam em pleno progresso no Brasil e atuou juntamente com a Prefeitura da Cidade de São Paulo no processo de desenvolvimento e urbanização da cidade.

Jorge Americano (1891-1969)

Bacharelou-se pela Faculdade de Direito da USP em 1912, foi professor, advogado, promotor público, deputado estadual em São Paulo no período de 1927 a 1928, e deputado federal à Assembleia Nacional Constituinte em 1933. Em 1945 foi secretário interino da Educação na cidade de São Paulo. Jurista internacional e memorialista da cidade de São Paulo. Autor de vasta obra como: Processo Civil e ComercialEstudo Teórico e Prático da Ação RescisóriaDa Ação PaulianaDa Ação Rescisória dos Julgados no Direito BrasileiroComentários ao Código do Processo Civil do Brasil (volumes I ao IV), Teses de ConcursoAplicações do DireitoDo Abuso do Direito no Exercício da Demanda, entre outras.

José Baeta Vianna (1894-1967)

Vianna foi professor de Química Fisiológica da Faculdade de Medicina da UFMG e pioneiro das pesquisas de bioquímica no Brasil. Ele criou uma linhagem de bioquímicos e pesquisadores de áreas afins, que tem transmitido às novas gerações a chama da devoção à ciência que herdaram do mestre. Sua contribuição no campo da Bioquímica constitui, sem dúvida, seu maior legado à ciência e ao Brasil.

José Goldemberg (1928)

Físico especializado em energia, exerceu vários cargos no governo federal e no governo do Estado de São Paulo. Como secretário interino de Meio Ambiente (março a julho de 1992), durante o governo de Fernando Collor de Mello, conduziu a participação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Rio-1992). Foi reitor da USP (1986-1990) e presidente da SBPC (1979-1981). Em 1995 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Em 2000 recebeu o Prêmio Ambiental Volvo e em 2008 o Prêmio Planeta Azul, concedido pela Asahi Glass Foundation, considerado um dos maiores da área do meio ambiente.

José Leite Lopes (1918-2006)

Especializado na teoria quântica de campos e em Física de partículas. Foi, juntamente com César Lattes, um dos fundadores do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) em 1949. Cientista, combateu a ditadura e articulou a criação de instituições de pesquisa. No Brasil, além do CBPF participou de articulações para outras instituições importantes, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Foi presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF) de 1967 a 1971.

José Reis (1907-2002)

Foi cientista, jornalista especializado em divulgação da ciência, editor, escritor e um dos fundadores da SBPC. Em 1925, entrou para a Faculdade Nacional de Medicina, onde se formou em 1930. Fez também curso de patologia no Instituto Oswaldo Cruz, obtendo a medalha de ouro de melhor aluno. Foi convidado em 1930 para trabalhar com bacteriologia no Instituto Biológico, um centro de pesquisas aplicadas do governo estadual no Estado de São Paulo. Mais tarde, em 1935-36, estudou no Instituto Rockfeller, em Nova York. Em 1947 José Reis começou uma carreira paralela como jornalista e escritor, com uma coluna de divulgação científica no jornal Folha de S. Paulo, que manteve por 55 anos.

Maurício Rocha e Silva (1910-1983)

Médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ele foi considerado uma das maiores autoridades científicas e acadêmicas da história recente do Brasil. Rocha e Silva descobriu a bradicinina usada em medicamentos de controle da hipertensão. Foi também professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.  Um dos fundadores da SBPC, foi membro fundador da Sociedade Brasileira de Fisiologia (1957) e da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêuticas Experimentais (1966).

Oscar Sala (1922-2010)

Físico nuclear ítalo-brasileiro nascido em Milão, Itália, estudou aceleradores nucleares, ultra alto vácuo e instrumentação e trabalhou em pesquisas no campo dos raios cósmicos, obtendo a primeira medida do coeficiente de absorção das radiações cósmicas geradoras dos chuveiros penetrantes. Participou do Grupo Científico Internacional de Trabalho sobre Dados Nucleares, organizado pela Agência Internacional de Energia Atômica, em Varsóvia e Tóquio. Integrou o grupo de trabalho Brasil-Estados Unidos, organizado pela National Academy of Sciences e pelo CNPq. Foi diretor-científico da Fapesp, presidiu a Sociedade Brasileira de Física, a SBPC, a Associação Interciência das Américas entre outras entidades.

Warwick Estevam Kerr (1922)

Nascido em Santana do Parnaíba, em São Paulo, Kerr formou-se engenheiro agrônomo – vencendo as etapas do doutoramento e da livre-docência na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", onde foi professor, e, por quatro meses, chefe do Departamento de Genética. Pioneiro na genética brasileira e um dos maiores especialistas em genética de abelhas do mundo, foi professor de várias universidades brasileiras e diretor científico da Fapesp e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Foi presidente da SBPC (1969-1971 e 1971-1973).