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 Sessão de Abertura


reitor.jpg Discurso do Reitor da UFG
Edward Madureira Brasil

Excelentíssimo Senhor Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante.
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo.
Excelentíssimo Senhor Prefeito de Goiânia, Paulo Garcia.
Excelentíssima Senhora Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader.
Professor Joffre Marcondes.
Elisângela Lizardo - Presidente da ANPG.
Demais autoridades presentes.
Professores, Servidores Técnicos e Administrativos e Estudantes da UFG.
Caríssimos Congressistas de todo o País.
Profissionais da Imprensa.
Boa noite.

É com muita honra que a UFG recebe, pela segunda vez, a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. A realização por si só, do maior e mais importante evento científico do hemisfério sul, já seria motivo de sobra para nos orgulharmos dessa distinção feita pela Diretoria e pelo Conselho da SBPC, a quem de público agradeço, desde a acolhida de nossa proposta em julho do ano passado, na cidade de Natal, e pelo carinho e atenção durante todo o ano de preparação dessa Reunião. Além disso, realizar esse evento no momento em que o Brasil se prepara para ser, ainda nessa década, a quinta economia do mundo é, para nós, motivo de entusiasmo. Mais significativo ainda é o fato da realização dessa Reunião em território goiano, coração do Brasil, berço das águas e Estado que tem quase a totalidade de seu território ocupada por aquele que é o bioma mais estratético para o desenvolvimento do País, o que aumenta, em muito, a responsabilidade de cada um de nós e de todos os presentes nessa Reunião.

“Cerrado: Água, Alimento e Energia”, tema escolhido para essa Reunião, traz no seu bojo a aparente contradição entre a necessidade de produzir água, recurso que segundo muitos será a razão das maiores disputas mundiais das próximas décadas, que brota em abundância no Planalto Central e a necessidade de produzir mais alimentos para uma população mundial crescente, e, ainda, a necessidade urgente de substituir os combustíveis fósseis, principais causadores do crescente processo de mudanças climáticas a que estamos submetidos, preservando o segundo maior bioma do País.

Como conciliar toda essa demanda, na ausência de perspectivas de avanços significativos em produtividade no curto prazo, na impossibilidade de incorporação de novas áreas do globo terrestre no processo produtivo que não sejam terras do Centro-Oeste brasileiro?

Como compatibilizar a produção de energia, que tem nas hidrelétricas e no setor sucroebergético as alternativas mais viáveis no curto prazo?

Essas quesstões trazem nossa região para o centro do debate, já que dispomos hoje das condições edafo-climáticas mais favoráveis para a expansão das culturas da cana-de-açúcar, da soja, do milho e de outras espécies vegetais, bem como para a produção pecuária intensiva e extensiva, além da riqueza de mananciais para a construção de barragens de pequeno, médio e grande porte.

Aliar a produção de alimentos e energia, com a conservação das nossas florestas, que são essenciais à produção de água com a qualidade e em quantidade para garantir a produção de alimentos e de energia, e garantir a conservação da biodiversidade é um dos nossos desafios. Pesquisasr a biodiversidade do cerrado, ainda em muito desconhecida, tanto em seu potencial para o desenvolvimento, para a solução de problemas diversos da humanidade e ainda em seu papel na preservação desse bioma é nosso dever.

Para cumprí-lo, o caminho sem nenhuma dúvida passa pela ciência, pela tecnologia e pela inovação. Daí a importância desse evento, para além da troca de experiências, do diagnóstico da situação e da sinalização das alternativas para a solução de todas essas questões. Falo da importância política desse momento, que em anos passados constituíu-se em uma das principais trincheiras de resistência ao ataque à democracia e aos direitos do cidadão nos tempos da ditadura militar e em outros momentos propôs políticas de Estado definidoras do futuro da Nação.

Quero parabenizar o Ministro Aloízio Mercadante, as Comissões de Ciência e Tecnologia e de Inovação da Câmara e do Senado que se propoem junto com as instituições e entidades ligadas à Ciência e Tecnologia do País a estabelecer um novo marco regulatório para a ciência brasileira. A hora é essa, Senhora e Senhores, os Professores

Quero parabenizar o Ministro Aloízio Mercadante, as Comissões de Ciência e Tecnologia e de Inovação da Câmara e do Senado que se propõem junto com as instituições e entidades ligadas à Ciência e Tecnologia do País a estabelecer um novo marco regulatório para a ciência brasileira. A hora é essa, senhoras e senhores, os professores, pesquisadores e demais atores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia estão ansiosos para se libertarem das amarras que por muitas vezes os impedem de trabalhar, levando até mesmo ao desestímulo de alguns, colocamos-nos à disposição e conclamamos a todos para empunhar essa bandeira que permitirá que todo o potencial intelectual de nosso País tenha a agilidade necessária para superar os desafios que se apresentam à ciencia brasileira. Da mesma forma, lutaremos para garantir a ampliação bem como a inexistência de cortes no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia e de suas Agências entendendo serem essas condições básicas para cumprirmos nossa missão.

Entretanto, senhoras e senhores, não conseguiremos cumprir nosso destino de dar ao povo brasileiro o desenvolvimento justo, em uma sociedade que tenha como meta principal a redução progressiva e expressiva das desigualdades sociais se não atentarmos para a mais estruturante discussão em curso no nosso País. Falo do Plano Nacional de Educação que se encontra no Congresso Nacional desde março deste ano e que recebeu nos últimos meses cerca de três mil propostas de emendas. O que constar nesse Plano e o seu cumprimento será decisivo, provavelmente, para a última janela de oportunidade para o desenvolvimento com justiça social de nosso País. Defendo a aprovação de um Plano Nacional de Educação que amplie os investimentos públicos para dez por cento do Produto Interno Bruto do País, que trate de forma justa a educação em todos os seus níveis e modalidades, e que valorize os profissionais da Educação, como única e última alternativa para a construção de uma Nação soberada, pois, de outra forma, continuaremos a conviver com a miséria de nosso povo e com a dependência tecnológica, desperdiçando essa maravilhosa oportunidade econômica, demográfica e de recursos naturais que atrai para nós os olhares e investimentos de todo o mundo.

A ANDIFES, Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior, entidade que tive o privilégio de presidir nos últimos doze meses, coloca-se como interlocutora, propositora nessas discussões e em outras estratégicas para o País, consciente do novo papel que as universidades brasileiras desenpenham no País. As universidades públicas brasileiras e em especial as universidades federais constituem-se verdadeiros agentes de Estado. Presentes em cerca de 250 municípios brasileiros, contando com 70 mil professores, mais de 100 mil técnicos administrativos e aproximadamente um milhão de estudantes nos diferentes níveis e modalidades de ensino. As 59 universidades federais têm função estratégica nas reflexões acerca de nosso País. Conceber, propor e em muitos casos, executar políticas públicas estão entre as tarefas já incorporadas por nossas instituições. Essa integração com os demais níveis de ensino já é rotineira graças à atuação do MEC, comandado pelo Ministro Fernando Haddad, que conseguiu tratar a educação sem dicotomias falsas, consolidando o conceito de que a educação vai da creche à pós-graduação. Esta atuação das universidades está presente na Ciência e na Tecnologia, na Saúde, na Política Industrial, nos transportes, na segurança, enfim em todas as atividades do ser humano.

Portanto, valorizar os profissionais das universidades,  tanto professores, quanto técnicos-administrativos é fundamental no projeto de construção de nosso País.

A ANDIFES reconhece como justas as reivindicações dos técnicos-administrativos das universidades, que encontram-se em greve nesse momento por melhores condições salariais e de trabalho e procura intermediar a negociação com o Governo para que solucionemos o impasse gerado pela paralização.

Finalmente, gostaria de fazer referência à Universidade Federal de Goiás. Esta instituição que completou recentemente 50 anos, tem sua história marcada pela luta constante de uma comunidade de gestores, professores, técnicos-administrativos e estudantes altamente comprometidos com a qualidade do ensino em nossa região. É uma honra dirigir uma instituição que forma cidadãos, produz conhecimento e se insere de forma efetiva e definitiva a cada dia na sociedade goiana e brasileira. Seus dois mil professores, três mil técnicos-administrativos, seus mais de 120 cursos de graduação, seus 64 cursos de pós-graduação stricto sensu e mais de 70 cursos de especialização, assim como seus 300 grupos de pesquisa juntamente com seus 2.700 projetos de pesquisa que produzem cerca de 6.000 trabalhos publicados anualmente e, ainda, os inúmeros projetos de extensão, têm a´lém do compromisso com uma comunidade de cerca de trinta mil estudantes em todos os níveis, a responsabilidade com o avanço do desenvolvimento de nosso estado e de nosso país. Dessa forma, homenagear um dos fundadores da Faculdade de Medicina e, consequantemente, um dos pioneiros da UFG, nos enche de alegria. Não bastasse isso, Joffre Marcondes é também pioneiro na pesquisa científica em nosso Esstado,com contribuição decisiva no entendimento da doença de chagas em nosso País. Cuidar da história é também nosso compromisso. Quero agradecer aos pioneiros da UFG e aos que nos antecederam na construção da UFG, nas pessoas dos Ex-Reitores aqui presentes e do Dr. Joffre Marcondes.

Por fim, quero agradecer à equipe local de organização da SBPC, que cuidou com muito esmero, dedicação e desprendimento da realização dessa Reunião, faço isso em nome das professoras Giselle Ottoni, Flávia Cruvinel, Sandra de Fátima Oliveora, responsáveis respectivamente pela relação com a SBPC Sênior, pela SBPC Cultural e pela SBPC Jovem, respectivametne. Um agradecimento ao professor Romualdo Pessoa, Secretário da SBPC Regional e primeiro estimulador dessa edição da SBPC. Agradeço à equipe de pró-reitores, assessores, diretores de unidade e a todos professores, técnicos-administrativos e estudantes que colaboraram para que chegássemos até aqui. Não poderia deixar de agradecer mais uma vez à SBPC, na pessoa de sua presidente, Helena nader, pela confiança depositada na UFG para a realização desse evento.

Espero que todos os participantes dessa Reunião possam aproveitar ao máximo essa Reunião, tanto no aspecto científico, como no aspecto cultural e também no aspecto político. Entretanto, não deixem de aproveitar a hospitalidade do povo goiano, as delícias de nossa culinária e as belezas da nossa capital e do nosso Estado. Sejam muito bem-vindos e tenham todos uma excelente 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Muito obrigado.

Goiânia, 10.07.2011

 

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