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 Homenageados da 69ª Reunião Anual da SBPC

     

Sérgio Henrique Ferreira

 
 

Falecido em 17 de julho de 2016, aos 81 anos

Presidente da SBPC por dois períodos, entre 1995 e 1999, e presidente de honra da entidade, Ferreira era cientista, médico, farmacologista, bastante conhecido internacionalmente por sua descoberta do medicamento de maior uso contra a hipertenso, o Captopril. O medicamento foi desenvolvido a partir da descoberta de Ferreira sobre o “fator de potencialização da bradicinina”, peptídeo derivado do veneno da jararaca. O primeiro trabalho sobre as propriedades da substância foi publicado em 1965, no British Journal of Pharmacology, e estes estudos permitiram o desenvolvimento de uma nova classe de substância hipotensora.

Por estes estudos, o cientista brasileiro, juntamente com dois cientistas da Bristol Myers Squibb Farmacêutica, recebeu, em 1983, o Prêmio Ciba Award For Hypertension Research, outorgado pela American Heart Association.

Em 1990, a Sociedade de Hipertensão Norueguesa instituiu o Prêmio “Ferreira Award” para os pesquisadores cujas pesquisas se sobressaíssem na área de hipertensão.
A mãe de Ferreira era farmacologista, seu pai, médico. Cresceu em São Paulo, estudou medicina na Faculdade de Medicina da USP e, logo que se formou, iniciou a carreira de pesquisador na Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, onde se tornou professor titular do Departamento de Farmacologia.
No período do regime militar, viveu com a esposa de toda a vida, Maria Clotilde Rossetti Ferreira, na Inglaterra, onde obteve dois pós-doutorados pelo Royal College of Surgeons of England.

O médico também ficou reconhecido internacionalmente por sua contribuição na área de analgésicos anti-inflamatórios. Ele participou nos experimentos de John R. Vane que levaram ao descobrimento do mecanismo de ação das drogas do tipo da aspirina. Vane foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina de 1982 por suas contribuições nesta área, inclusive.

Ferreira orientou mais de 20 teses de doutorado e teve mais de 300 artigos publicados em periódicos científicos. Pela relevância de seus trabalhos científicos, recebeu duas vezes, em 1990 e 1992, o prêmio da Academia de Ciências do Terceiro Mundo (TWAS). Em 1999, foi eleito pela Folha de São Paulo o cientista brasileiro mais citado no exterior.

Ele desempenhou papel relevante na Saúde Pública brasileira participando em comissões e órgãos públicos relacionados com o Controle de Medicamentos. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE) e da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), que congrega as mais importantes sociedades da área biomédica experimental. Foi um dos fundadores e um dos diretores do Brazilian Journal of Medical and Biological Sciences, a revista brasileira de maior impacto internacional na área de biociências.

Ao longo de sua carreira, acumulou dezenas de prêmios, títulos e homenagens, como a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe da Grã-Cruz, de 1996, e o primeiro prêmio por excelência em pesquisa sobre a dor e gerenciamento em países em desenvolvimento (2005), da Associação Internacional de Estudos sobre a Dor (IASP, na sigla em inglês). Era ainda membro da Academia Nacional de Ciências, dos Estados Unidos, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC).

 

 
 
 
 
 

 

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