Esta página utiliza Javascript. Seu navegador não suporta Javascript ou está desativado. Para visualizar esta página, utilize um navegador com Javascript habilitado. 64ª Reunião Anual da SBPC Untitled Document
Banner do Evento

REALIZAÇÃO
Logo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC
Logo da Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Notícias

25/7/2012 - Debate sobre uso dos computadores nas escolas

Os aspectos positivos e negativos do Programa Um Computador por Aluno (Prouca), do governo federal, foram discutidos ontem (24) na mesa-redonda 'Tablets, notebooks e computadores na escola: políticas públicas em debate', realizada durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre em São Luís até sexta-feira (27). 

Entre os aspectos positivos, foram ressaltados o aumento da motivação de alunos e professores e o envolvimento de toda a escola e da comunidade da qual ela faz parte com o programa. Quanto aos negativos, destacou-se a falta de sintonia do Prouca com a realidade das redes estaduais e municipais de educação, desconsiderando as diferenças regionais.

O Programa Um Computador por Aluno tem como objetivo ser um projeto educacional utilizando tecnologia e inclusão digital. Para isso, num primeiro momento, foram distribuídos 150 mil laptops educacionais, para estudantes e professores de 300 escolas públicas (urbanas, rurais, estaduais, municipais), das 27 unidades da federação. Além disso, o Prouca forneceu a infraestrutura necessária para acesso à internet e a capacitação de gestores e professores no uso da tecnologia.

Coordenada pelo físico e mestre em Educação, Nelson de Luca Pretto, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a mesa-redonda teve como debatedores Roseli de Deus Lopes, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), e Paulo Gileno Cysneiros, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ambos especialistas no assunto e com experiência no Prouca. Embora os dois tenham abordado os aspectos positivos e negativos do Programa, Roseli deu mais destaque aos primeiros, enquanto Cysneiros preferiu ressaltar os segundos.

Para Roseli, o Prouca possibilita a reorganização de tempo e espaço de alunos e professores, tornando as aulas mais produtivas, e aumenta a colaboração entre docentes, entre estudantes, e entre estudantes e docentes. Mas ela também vê problemas, como descontinuidades e a interrupção ou não formalização de responsabilidades em projetos do Programa. "A falta de manutenção e atualização dos computadores e softwares também prejudica o Prouca", disse. "Há ainda uma excessiva rotatividade de professores nas redes de ensino e interrupção das atividades de formação continuada dos docentes."

Cysneiros, por sua vez, vê problemas tanto nos equipamentos fornecidos pelo Programa como nos professores e gestores encarregados de colocá-lo em prática. "As telas dos laptops são de baixa qualidade e seu funcionamento é lento, a duração das baterias é limitada, há travamento de programas e assistência técnica é precária", criticou. "Quanto aos professores e gestores, a maioria é iniciante em informática, desconhece os software no laptop, não têm conexão com a internet em casa e não dispõem de tempo para estudo na escola e nem interesse para a formação a distância."

(Evanildo da Silveira para o Jornal da Ciência)


Notícias
Credenciamento de Jornalistas
Atendimento à Imprensa